A governadora do Maranhão, Roseana
Sarney (PMDB), que já foi senadora, pediu a aposentadoria ao Senado. A
medida foi publicada nesta quinta-feira no Boletim Administrativo da
Casa e vai lhe render um benefício de R$ 20.900,13, valor que se somará
aos R$ 15,4 mil que ela já recebe para comandar o Estado. Segundo sua
assessoria, Roseana não pretende abrir mão do salário atual por conta do
novo rendimento.
Com o acúmulo dos dois vencimentos, ela
terá um salário de, pelo menos, R$ 36,3 mil, superior ao salário dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje em R$ 28.059,29, que é
o teto do funcionalismo público. A filha do ex-presidente do senado
José Sarney (PMDB-AP) aposentou-se como servidora da Casa. Ela assumiu o
cargo de analista legislativa em 1984, quando celetistas foram
incorporados aos serviço público em vários órgãos.
Em dezembro de 2014, Roseana encerra seu
mandato à frente do governo do Maranhão. Segundo sua assessoria, porém,
ela já abriu mão de receber a aposentadoria automática paga aos
ex-governadores maranhenses, justamente por já contar com o auxílio que
agora vai receber do Senado.
O acúmulo de aposentadorias é comum na
família Sarney. O pai de Roseana, além do salário de senador, de R$ 26,6
mil, tem agregado ao orçamento a aposentadoria de ex-governador do
Maranhão, estado cujo Executivo chefiou em 1965, e de servidor do
Tribunal de Justiça do Estado. A assessoria, contudo, se negou a
informar o valor total dos vencimentos acumulados do senador. Corre
contra Sarney uma ação na Justiça proposta pelo Ministério Público
Federal que pede que Sarney devolva aos cofres públicos os valores acima
do teto recebidos nos últimos cinco anos. O processo está na 21ª Vara
da Justiça Federal do Distrito Federal e ainda não teve decisão.
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