
O PSB, o PDT e o PCdoB anunciaram nesta
quinta-feira que formarão um bloco na Câmara dos Deputados de oposição
ao governo de Jair Bolsonaro.
Os blocos partidários são importantes
instrumentos com capacidade de influenciar votações e na composição de
comissões da Casas. Eles também têm peso fundamental na eleição do
presidente da Câmara.
Segundo a nota, o grupo irá fortalecer
“as posições políticas e a ação parlamentar desses partidos que têm
identidade histórica e mais aqueles que eventualmente ao bloco queiram
se reunir”. Juntos, PSB, PDT e PCdoB, elegeram 69 deputados nas eleições
de outubro.
“Reafirmam, assim, que farão oposição ao
governo eleito, em conformidade com o resultado e o desejo expresso
pelas urnas, na defesa da democracia, dos direitos sociais, dos calores
éticos e republicanos, e defenderão ideias e propostas a favor dos
interesses do país”, diz nota assinada pelos líderes dos três partidos.
O PT, partido que chegou ao segundo
turno da eleição presidencial e elegeu o maior número de deputados
federais em outubro, não irá integrar o bloco e pode se ver isolado em
2019.
Desde o início das negociações para a
composição do grupo, parlamentares integrantes dos três partidos
–principalmente do PDT– afirmavam que os petistas seriam bem-vindos,
desde que abrissem mão de serem os protagonistas do bloco de oposição.
Bolsonaro reage
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, reagiu com ironia à oficialização do bloco de oposição.
“Se me apoiassem é que preocuparia o Brasil”, escreveu o futuro presidente em sua conta no Twitter.
Com a frase, Bolsonaro publicou um ícone
que representa um polegar fazendo o sinal de “positivo”, ou “joinha”,
como o símbolo é chamado nas redes sociais.
Leia nota na íntegra
“O Partido Socialista Brasileiro, o
Partido Democrático Trabalhista e o Partido Comunista do Brasil, através
dos líderes de suas bancadas na Câmara dos Deputados, anunciam que, na
próxima legislatura, comporão um bloco partidário que fortaleça as
posições políticas e a ação parlamentar desses partidos que têm
identidade histórica e mais aqueles que eventualmente ao bloco queiram
se reunir. Reafirmam, assim, que farão oposição ao governo eleito, em
conformidade com o resultado e o desejo expresso pelas urnas, da defesa
da Democracia, dos direitos sociais, dos valores éticos e republicanos, e
defenderão ideias e propostas a favor dos interesses do país”.
André Figueiredo, líder do PDT
Orlando Silva, líder do PCdoB
Tadeu Alencar, líder do PSB
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