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Thiago Taborda Simões Foto: Reprodução
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Uma operação da Polícia Federal ,
que investigava uma quadrilha por sonegação, fraude e lavagem de
dinheiro, no fim de novembro, encontrou uma caixa com maconha e cocaína e
uma credencial da equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro no
apartamento do advogado Thiago Taborda Simões em São Paulo. A
informação de que Simões foi alvo da operação Chiaroscuro foi revelada
pelo jornal “Folha de S. Paulo” nesta segunda-feira. A ação apurava a
possibilidade de um prejuízo aos cofres públicos de R$ 500 milhões.
Segundo
a reportagem, empresas interessadas em sonegar impostos simulavam venda
de produtos e serviços ou faziam pagamentos emitindo notas fiscais
sobre transações fictícias. Depois, distribuiam os valores para contas
no Brasil ou no exterior ou realizavam entrega de dinheiro em espécie
aos envolvidos no esquema. Simões se tornou investigado porque indicou
um cliente para um escritório de advocacia investigado por operar o
esquema junto a empresas e laranjas. Simões teria recebido comissão por
essa indicação.
Simões
não é integrante oficial da equipe de transição, mas participou de
reuniões com a equipe de Paulo Guedes. Em nota, ele próprio admitiu ter
colaborado em duas reuniões. Ele é ex-integrante do Carf (Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais) e foi advogado dos irmãos Abraham e
Arthur Weintraub.
Em
nota, o advogado Thiago Taborda Simões disse que “nunca fez parte da
equipe de transição do governo Bolsonaro”. Ele disse que a credencial é
“uma carteira de identificação expedida pelo Centro Cultural do Banco do
Brasil (CCBB) de Brasília porque participou de duas reuniões, mas
meramente como especialista convidado — sua contribuição foi apenas
consultiva”. Além disso, o advogado afirmou que “com relação às drogas,
trata-se de questão de foro pessoal, já esclarecida e arquivada pelas
autoridades e sobre a qual não há o que comentar”.
Sobre
a operação Chiaroscuro, o advogado informou que “não é acusado, mas
apenas investigado pela Polícia Federal, a quem já explicou que seu
trabalho foi inteiramente técnico em defesa de um contribuinte perante a
Receita Federal”.
Fonte: oglobo.globo.com
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