Os principais grupos de risco para desenvolver a doença são homens entre 30 e 50 anos
Os
cálculos renais, popularmente chamados de pedras nos rins, atingem de 5
a 15% da população em algum momento da vida, além de apresentar
elevadas taxas de recorrência. De acordo com a nefrologista do Hospital e
Maternidade São Cristóvão, Dra. Monica Dias, a calculose urinária é uma
formação sólida de sais minerais e uma série de outras substâncias,
como oxalato de cálcio e ácido úrico que se cristalizam. Isso acontece
porque a urina modifica constantemente sua composição, o que pode
ocasionar desequilíbrio da solubilidade (capacidade de dissolver sólidos
em líquidos), formando assim as “pedras”.
Ainda conforme a
nefrologista, os principais grupos de risco para desenvolver a doença
são homens entre 30 e 50 anos. “Há outros fatores que podem contribuir
para o aparecimento dos cálculos, como alterações anatômicas do trato
urinário, exposição ao calor ou ar condicionado, dieta com maior consumo
de proteína animal e sal, sedentarismo, infecção urinária, genética,
entre outros”, alerta Dra. Monica.
Uma
dúvida comum é se sempre devemos extrair os cálculos renais. A
especialista explica que o tratamento é determinado pelos sintomas, grau
de obstrução, tamanho, localização e se está associado com alguma
infecção. A partir daí é avaliada a necessidade ou não de retirar as
pedras do sistema urinário, sempre tendo em vista a segurança do
procedimento e o conforto do paciente. “Os cálculos de até quatro
milímetros (mm) de diâmetro têm grande probabilidade de serem eliminados
espontaneamente”.
Para saber se está com a doença, é preciso
ficar atento aos sintomas de cólica lombar que propaga a dor ao longo do
caminho da uretra, podendo vir acompanhada de náuseas, vômitos e
dificuldade para urinar. Após a identificação dos cálculos, é importante
observa-los e trata-los para que não causem obstrução da via urinária,
infecção e até mesmo problemas renais crônicos.
“Caso precise
extrair as pedras por meio de procedimento médico, não precisa se
preocupar. Atualmente, há vários métodos minimamente invasivos, com
cicatrizes muito pequenas, menor período de convalescência e menos dor
no pós-operatório”, tranquiliza Dra. Monica. Ela ainda comenta que as
opções mais comuns, como a por ondas de choque e tratamentos
endoscópios, em geral, não utilizam anestesia, apenas analgesia com
sedação leve.
Quanto à melhor maneira de
prevenir a doença, a nefrologista indica uma dieta controlada de alguns
nutrientes que podem favorecer a cristalização da urina, como cálcio,
sódio, proteínas, carboidratos e álcool. “Também a ingestão inadequada
de líquidos pode resultar em baixo volume urinário, não dissolvendo os
sais e os transformando em cálculos”, finaliza.
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