do Raimundo Garrone
O grupo Sarney se utiliza de um ofício sob encomenda do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, para classificar como mentirosa a notícia sobre o parecer do seu ministério que apontou suspeita de desvio de R$ 18 milhões – valores corrigidos – em recursos federais durante o governo Roseana Sarney (PMDB) repassados pelo então ministro da pasta e aliado, Geddel Vieira Lima, para reconstrução de estradas e pontes destruídas por enchentes em 2009.
Filho do senador Jader Barbalho,
parceiro de escândalos nacionais da família Sarney, como o que desviou cerca de
R$1,2 bilhão da extinta Sudam, o ministro se limitou a afirmar que a aplicação
da verba de R$ 35 milhões destinadas por Geddel para o Maranhão não é alvo de
auditoria e não consta no processo nº 59050.001-042,2009-61 qualquer
irregularidade a pessoa da ex-governadora.
Foi o suficiente para apregoarem a
inocência de Roseana e transformá-la em vítima de mais um ataque odioso
capitaneado pelo governador Flávio Dino, idêntico às acusações de desvio de
recursos da Saúde e da arrecadação estadual, no que ficou conhecido como Máfia
da Sefaz, patrocinados pelo Ministério Público.
Com a desfaçatez que lhes é peculiar, os
sarneysistas se apegaram a não existência de uma auditoria no âmbito do
ministério, como se não houvera um processo instaurado com a reprovação parcial
da prestação de contas do governo Roseana por mau uso do dinheiro público,
conforme parecer técnico nº 2016-460-KLV/2016/SEDEC/DRR, assinado pelo
engenheiro da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da
Integração, Kahlil Lacerda de Vasconcelos.
O relatório aponta pagamento de obras
não realizadas, superfaturamento, execução de obras em locais não afetados
pelas enchentes, maquiagem de obras antigas, com poucos reparos, para que
pareçam novas, etc.
Ou seja: irregularidades graves
promovidas pelo governo Roseana Sarney, independente de terem sido detectadas
através de uma auditoria ou não, que além de prejudicar a população atingida
pelas cheias ainda vai obriga-la a pagar os R$ 18 milhões glosados, que o
Estado terá que devolver para a União.
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