A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças. ( Foto: Reprodução / Internet) |
No
Estado do Maranhão, 216,5 mil crianças de um ano a menores de cinco
precisam buscar os postos de saúde para receber a vacina contra a pólio e
sarampo. Até esta quarta-feira (22), cerca de 56,6% do público-alvo do
Estado recebeu a vacina contra essas doenças. A Campanha Nacional Contra
a Poliomielite e Sarampo está na reta final da. Em todo o país, cinco
milhões de crianças ainda precisam ser vacinadas. A última atualização
dos Estados aponta que 56% das crianças do país estão protegidas contra
as doenças. No total, 12,5 milhões de doses das vacinas foram aplicadas
contra a pólio e sarampo (cerca de 6,2 milhões de cada). A meta do
Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de
crianças independente da situação vacinal delas e criar uma barreira
sanitária de proteção da população brasileira.
"O prazo para término da campanha está se aproximando, é 31 de agosto.
Convocamos pais e responsáveis a levarem as crianças que ainda não foram
vacinadas, independente da situação vacinal anterior, já que neste ano a
campanha é indiscriminada. O esforço do país é impedir que doenças já
eliminadas não retornem o Brasil. Esse é um trabalho de toda a
sociedade", ressalta o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Para a poliomielite, as crianças que ainda não tomaram nenhuma dose da
vacina na vida serão vacinadas com a Vacina Inativada Poliomielite
(VIP). As crianças que já tiverem tomado uma ou mais doses receberão a
gotinha (Vacina Oral Poliomielite - VOP). Em relação ao sarampo, todas
as crianças devem receber uma dose da vacina tríplice viral,
independente da situação vacinal. A exceção é para as que tenham sido
vacinadas nos últimos trinta dias, que não necessitam de uma nova dose.
Entre os estados com menor cobertura, estão o Rio de Janeiro, com 36,27%
do público-alvo vacinado para pólio e 37,62% para sarampo, e Pará, que
tem 41,04% pólio e 41,04% sarampo. Os estados que estão com as melhores
coberturas vacinais são: Rondônia, com 88,89% para a pólio e 87,42% para
o sarampo, seguido por Amapá com 82,74% pólio e 82,58% sarampo.
O Ministério da Saúde oferta todas as vacinas recomendadas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo, são 19 para combater mais
de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Por ano, são cerca de 300
milhões de doses de imunobiológicos distribuídos em todo o país.
Casos de sarampo
Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e
Amazonas. Até o dia 21 de agosto, foram confirmados 1.087 casos de
sarampo no Amazonas, e 6.693 permanecem em investigação. Já o estado de
Roraima confirmou 300 casos da doença e 67 continuam em investigação.
Entre os confirmados, 9 casos foram atendidos no Brasil e estão
recebendo tratamento, mas residem na Venezuela.
Os surtos estão relacionados à importação, já que o genótipo do vírus
(D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela,
país que enfrenta um surto da doença desde 2017. Alguns casos isolados e
relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo
(2), Rio de Janeiro (18); Rio Grande do Sul (16); Rondônia (1),
Pernambuco (2) e Pará (2). O Ministério da Saúde permanece acompanhando a
situação e prestando o apoio necessário aos Estados. Cabe esclarecer
que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão
sendo realizadas em todos os estados.
Sarampo no mundo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de sarampo
chegaram a um número recorde na Europa. Os dados, divulgados pela
organização nesta segunda-feira (20/08), apontam que mais de 41 mil
crianças e adultos na Região Europeia foram infectados com sarampo nos
primeiros seis meses de 2018. O número total de casos para esse período
excede os 12 meses reportados em todos os outros anos desta década.
Desde 2010, o ano de 2017 foi o que teve o maior número de casos:
23.927. Em 2016, registrou-se a menor quantidade: 5.273. Além disso,
pelo menos 37 pessoas morreram devido à doença neste ano. Sete países da
região tiveram mais de uns mil casos neste ano (França, Geórgia,
Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia). A Ucrânia foi a mais atingida
com mais de 23 mil pessoas afetas, o que representa mais da metade da
população do país.
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