Delegado Tiago Bardal |
A
Polícia Civil do Estado do Maranhão, através da Superintendência
Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (SECCOR), em trabalho
conjunto com o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do
Ministério Público Estadual, cumpriu, na manhã de hoje, 28 de novembro
de 2018, mandados de prisão preventiva contra o delegado de policia
civil Tiago Mattos Bardal, o investigador João Batista de Sousa
Marques e os advogados Werther Ferraz Júnior e Ary Cortez Prado Júnior,
tendo sido realizadas, também, buscas em suas residências. As ações
ocorreram, simultaneamente, em São Luis e Imperatriz.
Essas
ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de São Luís e
decorrem de investigação conjunta iniciada no primeiro semestre deste
ano, que aponta que os presos se associaram, de forma estável e
permanente, em uma verdadeira organização criminosa, com o intento de
extorquir grupos criminosos, vindo a receber parcela dos produtos dos
assaltos a agências bancárias, e a proteger, mediante o pagamento de
propina, criminosos que integravam o crime organizado.
A
engenharia criminosa, a princípio, remonta aos anos de 2015 e 2016,
quanto Tiago Bardal assumiu a chefia da Superintendência Estadual de
Investigações Criminais (SEIC).
Consta
que o então superintendente e o investigador Batista, seu homem de
confiança, passaram a cobrar propina de quadrilhas que atuavam no
Maranhão, especialmente no roubo a banco, e que o faziam por intermédio
dos advogados Werther e Ary Júnior, estes últimos, ligados ao crime
organizado. As informações obtidas dão conta de que os policiais
recebiam cerca de R$ 100 mil por assalto realizado, como uma espécie de
“pedágio”, e que ainda assim cobravam para evitar as prisões de líderes.
Os
policiais presos seguem para a Delegacia da Cidade Operária e os
advogados para o sistema prisional, onde ficarão à disposição da
Justiça.
As investigações avançam, com a intenção de averiguar a participação de outros policiais no esquema criminoso. Do Minard
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