
Ajuste para fazer mais
Ao
longo desses 4 anos de meu primeiro mandato, governei o Maranhão em
meio à maior crise econômica dos últimos 100 anos no Brasil. Fruto
disso, tivemos uma queda de R$ 1,5 bilhão nos repasses federais para
nosso estado. É fácil imaginar o impacto disso para as contas públicas
do nosso estado.
Também
herdamos da gestão anterior uma dívida junto a um banco estrangeiro,
fixada em dólar, cuja cotação praticamente dobrou nesses quatro anos.
Isso fez com que as parcelas do tal empréstimo, todas pagas por mim,
tivessem gigantesco aumento. A parcela de janeiro de 2019 deverá chegar a
aproximadamente R$ 180 milhões. Despesa extra que vem logo em sequência
do impacto do 13º salário, provocando um enorme esforço fiscal em curto
período.
Merece
menção o fato de que todas as dívidas com o Poder Judiciário, da gestão
anterior à minha, não foram pagas, de modo que desde 2015 estou pagando
os precatórios judiciais de 2012, 2013 e assim sucessivamente.
Mesmo
assim, conseguimos entregar 9 grandes hospitais regionais em pleno
funcionamento; construir, reformar ou reconstruir mais de 800 escolas;
asfaltar 2,5 mil quilômetros de estradas e vias urbanas; e praticamente
dobrar o efetivo de policiais. Ações que exigiram muita responsabilidade
fiscal e que aumentaram a oferta de serviços públicos a todos os
maranhenses.
Findo
esse primeiro mandato, o quadro nacional segue economicamente nebuloso,
sem permitir apostas consistentes em uma melhora imediata. O que se
percebe, junto aos entes privados, é que aguardam definições mais claras
do governo federal para novos investimentos, que venham a reativar a
economia. Organismos internacionais já reduziram suas previsões para a
economia no próximo ano, diante da falta de indicadores que possam
sustentar algum otimismo. A verdade é que ninguém sabe como será o ano
de 2019, e por isso temos que adotar medidas aqui e agora, para nos
proteger da continuidade da recessão econômica nacional.
Diante
dessa indefinição nacional, o Governo do Maranhão está tomando as
medidas necessárias para ultrapassar mais esse período de dificuldades.
Nesta
semana, editei decreto definindo cortes em áreas administrativas do
governo, como aluguel de carros, diárias, viagens e telefones. Com isso,
estamos cortando despesas sem afetar a qualidade dos serviços públicos
que ampliamos ao longo desses quatro anos. E sem atrasar a folha dos
servidores públicos, pois isso desorganizaria toda a economia do
Maranhão.
Em
2015, já havíamos feito cortes, resultando naquele ano em uma economia
de aproximadamente R$ 300 milhões. E seguimos agora, pois é um dever
constante de uma gestão séria manter o máximo controle possível da
equação receitas e despesas.
Grandes
esforços têm sido feito para que não nos percamos no mesmo caminho de
grande parte dos estados brasileiros, que não resistiu à crise ao longo
desses quatro anos, atrasando e parcelando salários.
Todos
podem ter certeza de que o dinheiro administrado pelo Governo do Estado
é um dinheiro bem aplicado para o povo do Maranhão, convertendo-se em
escolas, hospitais, estradas e policiais. Bem diferente de antes, quando
servia ao privilégio e enriquecimento de poucos. Infelizmente lidamos
com graves problemas nacionais e com perversas heranças. Cabe-nos
enfrentar esse quadro, com coragem e transparência. É o que temos feito e
assim prosseguiremos.
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