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Família Sarney em decadência perde prestígio em Brasília
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A família Sarney, que teve presidente da República, ministro do Meio
Ambiente, governadora por quatro mandatos, os três senadores alinhados, a
grande maioria das bancadas federal e estadual e uma infinidade de
prefeitos e vereadores aliados, hoje, após duas derrotas seguidas nas
urnas para o governador Flávio Dino (PCdoB), está tendo que se contentar
com migalhas de poder, oferecida pelo futuro governante do Distrito
Federal.
Sem espaço para bajular o próximo presidente Jair Bolsonaro (já tem
político em excesso fazendo isso), o candidato derrotado na eleição para
o Senado, o ainda deputado federal Sarney Filho (PV) conseguiu uma
“boquinha” e, segundo noticio o blog do Jorge Vieira nesta terça-feira
(13), vai assumir a Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal,
muito pouco ou quase nada para quem já desfrutou das benesses do poder
em toda a sua plenitude.
A decadência do chefe da oligarquia que mandou e desmandou no
Maranhão ao longo de cinco décadas é notória. Durante a sessão solene em
comemoração ao aniversário de 30 anos da Constituição, embora fizesse
parte da mesa que dirigiu os trabalhos, o presidente eleito sequer citou
seu nome de Sarney, se limitando a dizer “demais autoridade” ao olhar
para o ex-presidente, que mostrou-se incomodado com o esquecimento
proposital.
A ex-governadora Roseana Sarney, que já teve até uma pré-candidatura a
Presidência da República, que não vingou porque foi abortada pela
Polícia Federal, na famosa Operação Lunus, quando foi encontrada uma
montanha de notas de cinquenta reais no escritório da empresa Lunus, de
propriedade de Roseana e Jorge Murad, hoje briga com o deputado estadual
Roberto Costa pelo comando do MDB, algo insignificante diante dos
quatro mandatos de governadora que já exerceu, sendo um deles tomado a
força de Jackson Lago em 2009.
Esses fatos revelam apenas a decadência política do grupo comandado
no Maranhão pelo oligarca José Sarney, principalmente depois da
humilhante derrota da filha para o governo e do filho para o Senado
sofrida nas urnas na eleição de 7 de outubro. Roseana foi despachada
logo no primeiro turno, enquanto Sarney Filho ficou apenas em quarto
lugar. Até aliados históricos do sarneysismo foram varridos do Senado,
dando lugar aos aliados do governador Flávio Dino, Weverton Rocha (PDT) e
Eliziane Gama (PPS).
Perdidos e sem a proteção costumeira do Palácio do Planalto, Roseana,
Ricardo Murad, Adriano Sarney e o resto do grupo alardeou no segundo
turno apoio à campanha de Bolsonaro na esperança de conseguir salvar
algum ministério para se manter no centro do poder, mas diante da
indiferença com que o presidente eleito tratou Sarney durante a sessão
que homenageou os 30 anos da Constituição e da declaração de Bolsonaro
de que o ex-ministro do Meio Ambiente vendeu partes da Amazônia para
ONGS internacionais, o oligarca preferiu não ariscar e aconselhar o
filho a ocupar a pasta insignificante do futuro governo do Distrito
Federal, um cargo, na realidade, à altura da capacidade do ex-ministro
rebaixado a secretário.
Do Jorge Vieira
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