O
Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de
Eventos (Cebraspe) confirma que a morte cirurgião-dentista Marcone
Ferreira Cordeiro, de 29 anos, durante o Teste de Aptidão Física (TAF),
foi causada por Trombose Venosa Profunda. A informação foi passada ao
Cebraspe pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
“De
acordo com laudo emitido pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) a
causa da morte foi Trombose Venosa Profunda”, diz a nota.
A
Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que foi assegurada toda
assistência exigida pelo caso, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
Itaqui-Bacanga.
Pelas
informações passadas ao blog, teria ocorrido trombose profunda na
panturrilha direita, infarto intestinal extenso (delgado e grosso),
infarto pulmonar pequeno em lobos inferiores e tromboembolismo
mesentérico e pulmonar.
O relato de uma amiga enfermeira que acompanhou cirurgião-dentista no teste físico da PM
Em
áudio distribuído em grupos de whatsapp, uma enfermeira, amiga do
cirurgião-dentista Marcone, que morreu no teste de aptidão física da PM,
diz que o acompanhou nessa etapa do concurso.
Ela
diz que se comprometeu em acompanhá-lo porque ele não queria ninguém da
família por medo de mexer com o emocional. A enfermeira disse que
quando chegou ao local do teste, no Campus da UFMA, Marcone já estava na
quarta volta. Ele fez o sinal que estava bem na prova.
“Na
quinta volta, eu notei que ele estava demorando muito a chegar no cone
dos 100 metros. São 5 voltas completas mais 100 metros. Ele caiu um
pouco antes do cone e chegou a deitar. Eu gritei: vamos, Marcone, tá
perto! Ele se arrastou e conseguiu passar pelo cone e caiu de novo. Eu
dei a volta para ter acesso ao local. Quando cheguei, ele já estava na
maca e a gente entrou na ambulância. Reclamei muito com o médico porque
na ambulância não tinha um monitor e oxigênio. Na Upa, ele foi logo pra
ala vermelha. Ele estava com as unhas e rosto roxos. Ele gritava de
muita dor na perna e achava que ia explodir. Nesse momento saí porque
não aguentei ver ele gritando. Depois que ele estabilizou, entrei e
conversei com ele. Ele pedia água e disse que não queria mais. Até
brinquei com ele: tu é doido? Passou por isso tudo e vem dizer que não
quer mais?”, relata a enfermeira.
Por
volta de 22h30, com a chegada da mãe e da esposa, ela diz que saiu da
UPA e foi pra casa. Por volta de 1h10, a mãe dele informou que o quadro
se agravou. Ela viu que ele estava com a perna muito inchada e muito
pálido, sendo entubado pelos médicos. Marcone morreu por volta de 5h30
da manhã.
“A
gente não sabe o real motivo do que aconteceu. Eu treinava com Marcone
quase todo dia. Ele estava fazendo tudo direitinho. Não se queixava de
nada. Os exames dele tudo ok. O que posso dizer pra vocês é que foi uma
fatalidade. Eu estou muito triste”, conclui a amiga do cirurgião-dentista aos prantos.
GilbertoLima
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