Os
fósseis encontrados pelo pesquisador Rafael Lindoso representam os
primeiros momentos evolutivos de espécies de plantas florais que
conhecemos hoje
Os
fósseis encontrados representam os primeiros momentos evolutivos de
espécies de plantas florais que conhecemos hoje, tais como as orquídeas
ou as margaridas, por exemplo. No período Cretáceo, essas plantas
iniciavam o seu domínio em ambiente global, já que naquela época os
continentes eram supostamente unidos em só conglomerado. “A nossa
pesquisa identificou relações existentes entre a flora fóssil de Brejo e
a existente, no mesmo período, no sul dos Estados Unidos (Grupo
Potomac), atualmente separadas pelo Oceano Atlântico Central, mas que no
Cretáceo Inferior sugere links terrestres entre estes continentes.
Portanto, o registro fossilífero de Brejo possibilita a reconstituição
da paleogeografia do planeta, ou seja, como os antigos continentes
encontravam-se dispostos no globo”, revelou.
Registros inéditos
O município de Brejo (MA), onde foram identificados os botões florais, está localizado na Bacia do Parnaíba, região que fica no Nordeste do país e possui cerca de 344 mil km². Segundo Rafael Lindoso, esse foi o primeiro registro de fósseis de plantas encontrados na região. “A flora cretácea na área da Bacia do Parnaíba era conhecida apenas por grãos de pólen, esporos e fragmentos de lenhos. Dessa forma, os fósseis descobertos em Brejo representam o primeiro registro macroscópico de plantas, revelando detalhes de sua morfologia e aparência”, explicou o pesquisador.
Registros inéditos
O município de Brejo (MA), onde foram identificados os botões florais, está localizado na Bacia do Parnaíba, região que fica no Nordeste do país e possui cerca de 344 mil km². Segundo Rafael Lindoso, esse foi o primeiro registro de fósseis de plantas encontrados na região. “A flora cretácea na área da Bacia do Parnaíba era conhecida apenas por grãos de pólen, esporos e fragmentos de lenhos. Dessa forma, os fósseis descobertos em Brejo representam o primeiro registro macroscópico de plantas, revelando detalhes de sua morfologia e aparência”, explicou o pesquisador.
Flores pré-históricas estão ajudando a entender como era o clima na Terra há milhões de anos. (Foto: Reprodução/TV Mirante) |
Estudos
dessa natureza podem fornecem respostas sobre as condições climáticas e
ambientais que prevaleciam na região da Bacia do Parnaíba naquele
período geológico. “Entre os materiais identificados em nosso estudo
temos representantes das coníferas que, atualmente, estão restritas a
latitudes mais altas, portanto mais frias. Por outro lado, o mesmo
conjunto de plantas fósseis (e microfósseis) que encontramos indica um
clima árido ou semiárido para a região durante o período Cretáceo
Inferior. Assim, no Maranhão de 110 milhões de anos atrás, plantas que
hoje habitam zonas mais frias estavam adaptadas a climas mais áridos
naquela época”, analisou Rafael Lindoso.
Pata encontrada em rocha no Maranhão comprovou que o Espinossauro viveu no Maranhão há milhares de anos. (Foto: Reprodução/TV Mirante) |
Outra pesquisa desenvolvida por Rafael encontrou um mapa que representa como seria o Planeta Terra há 110 milhões de anos. (Foto: Reprodução/TV Mirante) |
O estudo do professor Rafael Lindoso intitulado “Novas plantas fósseis do Cretáceo Inferior da Bacia do Parnaíba, Nordeste do Brasil: conexões com a Laurásia meridional” foi aceito para publicação na revista Brazilian Journal of Geology (BJG) – publicação de repercussão internacional da Sociedade Brasileira de Geologia e deve ser publicada em breve.
O Estado, com informações de IFMA
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