O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) ocupou a tribuna da Assembleia
Legislativa, na sessão desta segunda-feira (16), para comentar a matéria
exibida pelo Globo Repórter na última sexta-feira (13), que denunciou o
caos no sistema de saúde do país. Numa espécie de raio x da saúde, o
programa abriu sua reportagem com o drama vivido pela população do
Maranhão, nos Socorrões I e II, os maiores hospitais de urgência e
emergência do estado.
Em seu pronunciamento, o deputado tratou de não politizar o assunto e
responsabilizou o governo federal, estadual e municipal pela situação
em que se encontra a saúde da capital e do restante do estado.
Para o parlamentar, a responsabilidade não é somente do prefeito, do
governo, “é de todos nós”. “Não podemos aqui dizer que o prefeito é
errado ou o governo, vamos abraçar essa causa, os nossos irmãos estão
morrendo”, conclamou.
“Isso não é um problema político, é um problema social, o povo todo
está morrendo como indigente. A responsabilidade é do governo federal,
estadual. Não vamos deixar as pessoas morrerem aqui no Socorrão”,
completou. Cutrim citou que 68% das pessoas que procuram o sistema
público de saúde no Maranhão estão nos Socorrões.
O deputado disse que foram anunciados 72 UPAS, 29 foram inauguradas,
mas são todas terceirizadas. “Ainda vivemos em um Estado que tudo é
terceirizado, a saúde é terceirizada. E como é que pode funcionar? Quem é
que tem a responsabilidade? Não se vê um concurso para a saúde, você
tem que ser concursado para ter responsabilidade pelos bens
permanentes”, advertiu.
Cutrim também chamou a atenção para que o Ministério Público
fiscalize a aplicação dos recursos na saúde, tanto pelo Estado, quanto
pelo município de São Luís.
“A Saúde está se acabando nas UTIs, a Segurança já acabou, e nós aqui
muitas vezes ainda defendemos, mas nós não temos que defender, nós
temos é que abraçar a causa e ver o que se pode fazer por parte do
governo federal, governo estadual e governo municipal”, finalizou.
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