O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) criticou o secretário de Estado da
Segurança Pública, Aluísio Mendes, na tarde desta segunda-feira (2), em
razão da prisão de um médico nigeriano, acusado de exercer ilegalmente a
Medicina em um dos municípios do interior do Maranhão.
Cutrim afirmou na tribuna que o secretário foi para a imprensa dizer
que, com a prisão do suposto falso médico, a Secretaria de Segurança
Pública teria realizado um grande trabalho.
“O que aconteceu foi que este secretário deixou um indivíduo
estrangeiro acusado, preso, juntamente com detentos de alta
periculosidade. Este foi um fato totalmente absurdo, e nós não podemos
comungar com esse tipo de coisa”, protestou Cutrim.
Ele acrescentou que o secretário de Segurança Pública, ao tomar
conhecimento da acusação contra o suposto falso médico, que é um
estrangeiro, deveria inicialmente encaminhar o caso para a Polícia
Federal.
“Neste caso, caberia à Polícia Federal saber qual a situação deste
acusado em nosso País: se ele era turista, se era temporário, ou se era
permanente. E a própria Polícia Federal o autuaria pelo exercício ilegal
da profissão. E no caso, se fosse o caso, o deportaria, se ele tivesse
visto de turista. O turista não pode trabalhar, o turista só pode vir
gastar como nós que vamos para outros países, só pode gastar, mas não
pode fazer nada. O temporário já pode trabalhar, desde que haja um
contrato com uma empresa. O permanente já pode, esse aí é diferente.
Então, primeiro nós precisaríamos saber isso aí. A Polícia Federal que é
competente para esse mister, para autuar e como também saber se a
situação dele era ou não legal no país”, argumentou o deputado Cutrim.
Ele frisou que o caso do nigeriano ganhou toda a conotação de uma
prisão arbitrária: “Colocar um Secretário desse importado no Sistema de
Segurança do Maranhão só dá nisso. E eu sempre digo: tem coisas que até
Deus dúvida aqui no Maranhão. Com relação à prisão deste médico,
primeiro, já que ele é estrangeiro, a primeira coisa que se deveria
fazer era encaminhar o caso para a Polícia Federal. Este tipo de coisa –
como a forma como se deu a prisão deste nigeriano – não se pode mais
aceitar”, ressaltou Cutrim.
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