O 7 de
setembro se aproxima, desta feita estimulando um debate compatível com os
tempos estranhos em que vivemos. A poucos anos de nosso bicentenário como nação
independente, a soberania tem sido levantada como bandeira para ocultar
poderosos interesses, inclusive estrangeiros. Ou estimular falsos debates que
não nos levam às soluções concretas que nosso povo necessita.
O debate
recente sobre a Amazônia passou por essa seara. Ao se confundir a justa
cooperação internacional com interferência nos interesses nacionais, quase
perdemos a oportunidade de uma importante ajuda no combate aos incêndios
florestais.
A defesa
da soberania sobre nosso território é um imperativo constitucional. Devemos
exercer a soberania na prática, mediante a implementação de políticas públicas
em favor de todos os nossos compatriotas, sem qualquer preconceito ou
discriminação.
Temos
feito assim aqui, na parte do território brasileiro que nos cabe administrar,
atuando permanentemente em relação aos temas que demandam nossa atenção, nos
limites do que é legalmente possível e financeiramente suportável. Por exemplo,
nessa emergência ambiental, os nossos bombeiros e policiais estão atuando com
muita dedicação, em varias áreas do nosso Estado. Inclusive temos mantido a
cooperação com órgãos federais, como o Exército, mediante ações de
monitoramento, treinamento e combate a focos de fogo. Em momentos de crise,
qualquer que seja ela, temos de unir esforços. Não dispersar forças em falsas
polêmicas.
O mesmo
pressuposto vale para analisar recentes rusgas com alguns dos nossos principais
parceiros comerciais. A quem interessa esse conflito? Aos empresários e
trabalhadores brasileiros, é certo que não. Nunca é demais lembrar que os
interesses de outros países já são defendidos por quem de direito. Os Estados
Unidos, por exemplo, já têm seus objetivos estratégicos defendidos pelo seu
governo. Aos governantes brasileiros cabe defender os trabalhadores e
empresários do Brasil, e não ficar a toda hora se oferecendo para servir de
linha auxiliar e subalterna aos Estados Unidos. Frisamos esse aspecto porque
uma política externa responsável deve respeitar todos os nossos parceiros,
refutando posturas agressivas seletivas, que muitas vezes servem para ocultar
interesses estratégicos de terceiros.
O
verdadeiro patriotismo é 100% verde e amarelo, não só na fachada ou na roupa,
mas sobretudo nas ações concretas. E temos que sempre lembrar: o verde
representa as nossas florestas, que devem ser cuidadas como um grande
patrimônio nacional.
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