Luciano
Gil é acusado de improbidade administrativa e já foi preso em operação
da Polícia Federal por desvio de dinheiro público.
de O Dia/Teresina
Um
vídeo que repercutiu nacionalmente e internacionalmente, em que um
grupo de brasileiros aparece assediando sexualmente uma mulher na
Rússia, surpreendeu moradores da cidade de Jaicós, localizada a 364 km
de Teresina, pois um deles é o empresário Luciano Gil Mendes Coelho,
natural daquele município. O grupo de torcedores brasileiros aparece
proferindo palavras de cunho sexual para uma mulher que não compreende o
português durante a Copa do Mundo.
No
vídeo compartilhado através das redes sociais, um grupo de pelo menos
seis brasileiros aparece ao redor de uma mulher de nacionalidade não
identificada. Pelas imagens é possível perceber que a mulher sorri e não
compreende o português, enquanto os homens a cercam e gritam palavras
fazendo referência ao órgão genital dela. “É bem rosinha!”, diz o grupo.
As
imagens repercutiram negativamente nas redes sociais. O vídeo
compartilhado através do Facebook recebeu vários comentários negativos
de moradores da cidade de Jaicós. Uma das mulheres que comenta a
postagem chega a dizer que o comportamento é do empresário não é
surpresa. “Isso é desrespeitoso de todas as maneiras. Esse jaicoense é
dono disso”, diz ela.
Luciano
Gil é ex-inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do
Piauí (CREA-PI) e já foi preso pela Polícia Federal em uma operação que
tinha como objetivo desarticular um esquema de desvio de dinheiro
público por meio da fraude em licitações na prefeitura de Araripina,
Estado do Pernambuco, em maio de 2015.
Na
ocasião, a PF informou que havia um acordo entre as empresas para
fraudar as licitações. Através da análise dos quadros societários das
empresas licitantes e vendedoras, ficou comprovado que as mesmas
possuíam empregados domésticos e parentes dos principais envolvidos no
esquema. Com a assinatura do contrato, a vencedora não executava a obra,
mas as empresas de propriedade de parentes de algum político do
município. De acordo com a PF, outras ilegalidades também foram
identificadas na investigação.
A
reportagem do O DIA entrou em contato com Luciano Gil por telefone e
por meio do aplicativo Whatsapp, mas não obtivemos retorno até a
publicação deste material. O DIA reitera que o espaço continua aberto
para quaisquer esclarecimentos a respeito do ocorrido.
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