O Ministério da Saúde (MS) anunciou a prorrogação da Campanha Nacional
de Vacinação Contra a Gripe até o dia 15 de junho. A decisão foi
motivada pelos efeitos da paralisação dos caminhoneiros no atendimento
em saúde. Inicialmente, o fim da campanha estava previsto para esta
sexta-feira, 1° de junho.
De acordo com os últimos dados do ministério, a campanha imunizou 35,6
milhões de pessoas, o que equivale a 66% do público-alvo. Para atingir a
meta de imunizar 54,4 milhões de pessoas, o governo espera, com a
prorrogação da campanha, vacinar os 18,8 milhões de brasileiros e
brasileiras que ainda não receberam a dose da vacina.
No recorte por estados, os que mais se aproximaram da meta estabelecida
foram Goiás (99,8%), seguido do Amapá (91%), Ceará (84%), Distrito
Federal (78,5%) e Espírito Santo (77,4%). Por outro lado, os estados com
menor cobertura da vacina são Roraima (32,5%), Rio de Janeiro (47,6%),
Rondônia (51,3%), Amazonas (51,9%) e Acre (52%).
O público-alvo da campanha inclui idosos a partir de 60 anos, crianças
de seis meses a cinco anos, trabalhadores da saúde, professores das
redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres
em até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e
funcionários do sistema prisional.
Até o momento, o público com maior cobertura são as puérperas (78%),
seguido por idosos (75%), professores (73%), trabalhadores da saúde
(71,6%), indígenas (63,6%) e gestantes (55%). Já entre as crianças com
idades entre seis meses e cinco anos, o índice de vacinação está em
pouco menos da metade (49,7%).
Mortes por gripe
De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, foram
registrados 2.088 casos de gripe em todo país e 335 pessoas morreram em
decorrência da doença. O tipo mais grave de gripe foi o H1N1, com 218
óbitos e 1.262 casos. Das pessoas que faleceram, 70% possuíam ao menos
algum fator de risco, como idosos com mais de 60 anos cardiopatas,
pneumopatas e com diabetes millitus.
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