Este mês de junho é marcado
pelas vozes animadas dos apaixonados pela democracia, que se movimentam
pela realização das convenções partidárias. São discursos, músicas e
foguetes que mobilizam milhares de pessoas, aceleram corações e
reacendem esperanças de que conquistaremos um Maranhão de todos nós.
Coincidentemente,
temos a emoção adicional trazida por outros sons: os das festas
juninas. As toadas do bumba meu boi e tantos outros ritmos e danças; os
sabores do cuxá, das tortas e do arroz maria isabel; e o multicolorido
das roupas dos brincantes são mostras vivas da beleza, da diversidade e
da força do nosso povo.
As
festas juninas são um dos melhores exemplos do que vem a ser o conceito
de Economia Criativa, propagado pelo ex-ministro Gilberto Gil. Em sua
genialidade de grande compositor, ele nos chamava a atenção para a
imensa força mobilizadora da sociedade – e, portanto, dos recursos
econômicos – que a cultura tem em nosso país.
A
execução de políticas públicas que fomentem esse papel de mobilização
econômica da criatividade humana é uma importante função do Estado. Sob
esse aspecto, temos de incentivar a criatividade de nosso povo, a fim de
gerar ganhos econômicos com a movimentação gerada por turistas
brasileiros e estrangeiros, além dos próprios moradores das cidades
maranhenses.
Durante
minha passagem pela Embratur, procurei ao máximo explorar esse aspecto
cultural do interesse dos estrangeiros pelo nosso país. Apostamos nas
atividades da economia criativa como um enorme diferencial de nosso país
como destino turístico. Os bons resultados nas cidades-sede da Copa
estão sendo colhidos agora, com presença de centenas de milhares de
turistas para assistirem aos jogos, coincidindo com diversas atividades
culturais que certamente estão encantando muitos corações e gerando
trabalho e renda para muitos brasileiros. Lutei bastante para que o
Maranhão pudesse usufruir de parte dessa movimentação, mas a inércia do
governo do Estado é realmente impressionante, em todos os planos.
No
comando da Embratur, organizei diversas visitas guiadas de jornalistas
estrangeiros a nosso estado, com o intuito de que mostrassem lá fora as
belezas que bem conhecemos aqui – entre elas, as festas juninas. Nessas
viagens, repórteres de outros países conheceram nossas festas juninas,
parte fundamental da economia criativa maranhense. Com essas
informações, retornaram aos seus países e escreverem sobre nossa
diversidade cultural. Vários artistas e grupos culturais maranhenses se
apresentaram na Europa e na América do Sul, com o apoio da Embratur. E
agentes de viagens de vários países foram trazidos para conhecer e se
habilitar a vender o destino Maranhão em suas empresas. Todas essas
ações foram acompanhadas de investimentos em publicidade em mercados
emissores prioritários. Ou seja, a promoção turística foi feita com
intensidade inédita, mas isso só vai produzir mais resultados com a
continuidade e com a estruturação adequada de nossos atrativos
turísticos.
O
casamento entre cultura e turismo, sob a égide da Economia Criativa, é
um bom exemplo do que devemos fazer juntos para que o Maranhão ande para
frente, com a geração de oportunidades de trabalho para o nosso povo e
difusão de alegrias para todos. Eis uma grande tarefa que haveremos de
ter, com a proteção de Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal.
Flávio
Dino, 46 anos, foi presidente da Embratur, deputado federal e juiz
federal. Atualmente coordena o movimento Diálogos pelo Maranhão
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