O
cenário é ruim para Roseana e para a reprodução do apoio do Planalto à
governadora. Ela enfrenta problemas na disputa pela única vaga ao Senado
em 2014. Seu principal adversário ao cargo, o vice-prefeito de São
Luís, que é do PSB, está à frente nas pesquisas. Além disso, se Roseana
deixar o governo para concorrer ao Senado em 2014, o vice-governador
Washington Luiz Oliveira, do PT, assume o Estado. O clã Sarney considera
que Washington não é completamente alinhado com a família e teme que
ele não trabalhe com afinco para ajudar a eleger o escolhido para
suceder à governadora.
O
PT do Maranhão, por sua vez, está em crise desde 2010, porque foi
obrigado a apoiar a reeleição de Roseana, quando queria se aliar a
Flávio Dino. Houve intervenção de Lula no PT local e isso acabou
enfraquecendo o partido, que perdeu muitos de seus integrantes.
Além
disso, neste momento, o próprio PC do B está cobrando o Planalto que
abra espaço para o nome de Dino porque o partido é um aliado tradicional
do governo e tem no Maranhão o único Estado capaz de eleger um
governador. Dino, que hoje preside a Empresa Brasileira de Turismo
(Embratur), pode articular um palanque para o PSB ou PSDB no Estado se
for rifado pelos petistas.
Colateral. O
descolamento de Dilma e Lula de Sarney será, no entanto, cuidadosamente
planejado para não produzir efeitos colaterais indesejados na aliança
PT-PMDB em outros Estados. A ideia é circunscrever o rompimento ao
Maranhão. Lula está disposto, por exemplo, a dar apoio a Sarney se
quiser tentar a reeleição pelo Amapá.
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