
O
candidato a presidente Fernando Haddad (PT) e o governador do Maranhão
Flávio Dino (PCdoB) arrastaram uma verdadeira multidão pelos bairros do
Anil, em São Luís, na manhã deste domingo, 21. Milhares de pessoas
acompanharam o ato e reforçaram a campanha do petista no estado e a luta
pela democracia.
Mais votado no Maranhão no primeiro
turno com 61,26% dos votos, Fernando Haddad foi recebido com carinho e
palavras de assentimento da população ludovicense durante todo o
percurso pelo bairro do Anil. Ao lado de Flávio Dino, ele agradeceu o
apoio e garantiu que os maranhenses terão um amigo no Palácio do
Planalto.
“Assim como quando eu era ministro da
Educação nunca faltou nada para o Maranhão”, ressaltou Haddad. Ele
anunciou que, a partir do dia 1º de janeiro de 2019, caso ele seja
eleito, em nenhum lugar do Brasil o gás de cozinha custará mais do que
R$ 49. Além disso, ele informou que o programa Bolsa Família terá um
acréscimo de 20%.

Sobre o seu adversário Jair Bolsonaro
(PSL), Haddad foi duro nas palavras afirmando que ele “não honra a farda
que já vestiu, tanto que teve que sair do exército”. O petista fez um
desafio para alguém mostrar o que Bolsonaro já fez em 28 anos como
deputado federal. “Só vomitou violência contra o povo, negro, mulher,
nordestino”, respondeu.
Fernando Haddad demonstrou preocupação
com a intenção do filho de Bolsonaro de fechar o STF e disse que o
brasileiro hoje tem para escolher quem bate continência para a bandeira
americana ou quem tem como proposta de governo o livro em uma mão e a
carteira de trabalho na outra.
“É com trabalho e educação que a gente
muda esse país. Não é com armas. O Nordeste está dando uma resposta”,
enfatizou, ao exaltar o ato ocorrido em São Luís e outros realizados nos
últimos dias no Piauí, Ceará, Bahia e outros estados da região.
Em seu discurso, Flávio Dino sublinhou
que o povo não pode se curvar às manipulações que estão sendo feitas
nesta campanha e destacou que Bolsonaro está fugindo dos debates porque
tem medo da verdade. “Aqui no Maranhão nós vamos dar uma surra no
soldado covarde, no fascismo, na ditadura e defender a democracia”,
ressaltou o governador.
Flávio Dino lembrou as raízes históricas
do Maranhão na luta pela democracia, como a Revolta de Beckman,
ocorrida em 1684, a primeira contra a coroa portuguesa. Ele também
enalteceu a lutas das mulheres maranhenses contra a candidatura de Jair
Bolsonaro. “Aqui não tem vez pra ele”, finalizou Dino.

Também participaram do ato em São Luís a
presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, o senador eleito Weverton,
os deputados federais eleitos Márcio Jerry e Bira do Pindaré, além do
reeleito Rubens Júnior, vereadores da capital maranhense, líderes de
movimentos sociais e população em geral.
Garrone
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