01 fevereiro, 2017

Governo atrai investimento de R$ 200 milhões para o Maranhão

Secretário Simplício Araújo, gestores da Seinc e executivos da Raízen durante assinatura do termo de compromisso da empresa que investirá R$ 200 milhões no Maranhão. (Foto: Adriano Martins/Seinc)
A empresa Raízen anunciou investimentos de R$ 200 milhões na construção de uma base de distribuição de combustíveis (gasolina, diesel, querosene de aviação) no Porto de Itaqui. A base de distribuição vai ocupar uma área de dez hectares do Governo do Maranhão, mediante o compromisso de geração de empregos e outras contrapartidas sociais.

Em fase de licenciamento ambiental, o empreendimento deverá ser concluído no final do próximo ano com a construção de um terminal de distribuição da companhia isoladamente, sem a participação de outros sócios.

O secretário de Estado de Indústria e Comércio do Maranhão, Simplício Araújo, destacou que, ao contrário de outros Estados, as finanças do Maranhão estão em dias e que o projeto pode ampliar entre 10% e 15% a arrecadação de impostos com a venda de combustíveis pela Raízen, que é uma das principais geradoras de receitas para o Estado.

Além disso, o secretário lembra que o investimento tem contrapartidas sociais, como a construção de cinco escolas e a geração de 700 empregos diretos e indiretos na fase de construção e mais 600 na operação. “É um investimento para propiciar o crescimento da empresa nessa área, onde a fronteira agrícola ainda está se desenvolvendo”.

Com a base de distribuição no estado, a empresa quer dobrar em dois anos o volume de combustíveis que movimenta na região, hoje de 1,2 bilhão de litros por ano. “Estamos investindo para eliminar os gargalos, apesar da crise”, afirma Nilton Gabardo, diretor de Desenvolvimento de novos negócios e infraestrutura da Raízen. Ele conta que a Raízen já tinha a intenção de ampliar a capacidade de distribuição na região há algum tempo, mas não conseguiu investir no Porto por questões de legislação.

“É um projeto fundamental para a expansão da movimentação de graneis líquidos pelo Porto do Itaqui que consolida a importância e o papel estratégico do Maranhão como hub regional de combustíveis. O início da movimentação no Berço 108 dará mais competitividade às operações no Itaqui”, afirma o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago.

Reduzir o custo dos combustíveis localmente e garantir o abastecimento da rede de postos na região é uma das metas da Raízen. Além do Maranhão, o empreendimento beneficia o leste e o sul do Pará, Tocantins e Piauí. Mais da metade do volume de combustíveis dessa área é movimentada por operadores logísticos. Isso representa custos adicionais, que oneram o preço dos produtos.

A empresa tem 600 clientes na área de influência do terminal portuário de São Luís, entre postos Shell, postos com bandeira branca e clientes empresariais (B2B). “É um investimento para propiciar o crescimento da empresa nessa área geográfica que pega o meião do Brasil: Tocantins, Maranhão e leste do Pará, onde a fronteira agrícola ainda está se desenvolvendo”, observa o diretor. Ele lembra também que a sinalização da Petrobrás de que não pretende investir em logística e de que pode vender o controle acionário da BR Distribuidora acelerou o processo.

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