Tranqulidade marcou início da greve dos bancários em algumas agências (Foto: Zeca Soares/G1) |
Os bancários do Maranhão iniciaram nesta terça-feira (6) a greve da
categoria com uma mobilização na Praça Deodoro, Centro da capital
maranhense. Eles reivindicam reajuste salarial e maior participação nos
lucros das instituições.A paralisação por tempo indeterminado foi
definida na última quinta-feira (1º), em assembleia geral organizada
pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (Seeb-MA) nas cidades de São
Luís, Caxias e Imperatriz.
Em São Luís,
o expediente bancário foi iniciado com poucos funcionários no interior
das agências. Somente o acesso aos terminais de autoatendimento foi
liberado para clientes.
Greve da categoria foi definida dia 1º de setembro (Foto: Divulgação/Seeb-MA) |
De acordo com o Seeb-MA, a proposta apresentada pela Federação Nacional
dos Bancos (Fenaban) – braço sindical da Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) – foi rebaixada para 6,5%, o que é considerado abaixo do
índice de inflação do período estipulada em 9,31% pela categoria. Além
do Seeb-MA, sindicatos do Rio Grande do Norte e de Bauru reivindicam
juntos reajuste de 28,33%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de
25% do lucro líquido linear, isonomia e a reposição das perdas
salariais acumuladas.
Segundo o Seeb-MA, em rodada de negociação realizada no dia 29 de
agosto, em São Paulo, a Fenaban apresentou a proposta rebaixada, com o
reajuste, o salário de ingresso de caixa e tesoureiro passaria de R$
1.802,48 para R$ 1.919,64 e o auxílio-refeição de R$ 29,64 para R$
31,57, segundo o sindicato.
Quanto ao programa de PLR, os bancos ofereceram 54% do salário
reajustado em setembro de 2016, acrescido do valor fixo de R$ 1.291,92,
limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido apurado no
primeiro semestre. A parcela adicional da PLR corresponderia à divisão
linear equivalente a 2,2% do lucro líquido apurado no primeiro semestre
pelo número total de empregados, limitado a R$ 2.153,21.
Ao G1 MA, a Fenaban informou que a proposta ‘integra,
para a maior parte dos bancários, aumento da remuneração que supera a
inflação. Isso porque ela envolve, além dos 6,5% de reajuste salarial,
um abono de R$ 3 mil reais. Somando ambos, para algumas faixas salariais
o aumento chega a 15%’.
A federação acrescenta que ‘além disso, a proposta inclui participação
os lucros e aumento no vale alimentação (que passará a R$ 523,48
mensais) e no vale refeição (que alcançará R$ 694,54 mensais). Estes e
outros benefícios pagos aos bancários estão entre os mais altos do
mercado’.
No Maranhão, ao todo são 5,1 mil bancários e 360 agências.
Atendimento
A Febraban lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e
supermercados), é possível também pagar contas e faturas de
concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e
fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro de 2015, com duração de 21 dias. À época, a maioria da categoria aceitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Paralisação dos bancários no Maranhão é por tempo indeterminado (Foto: Flora Dolores/O Estado/Arquivo) |
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