O Governo do Estado desenvolveu planejamento para expandir a
discussão e aplicabilidade da Lei Maria da Penha em todo o Maranhão. O
trabalho está sendo coordenado pela Secretaria de Estado da Mulher
(Semu) com o objetivo de reduzir os índices de violência contra a mulher
no interior, estreitar as relações com os municípios e operacionalizar
um pacto com os demais órgãos do estado.
Em reunião, no início do mês, com o promotor de Justiça de Defesa da
Mulher, Joaquim Júnior, da Comarca de Imperatriz, a secretária da
Mulher, Laurinda Pinto, debateu o começo das ações pela Região
Tocantina. Foram apresentadas demandas da área, como a necessidade de
capacitação, especializada, aos profissionais dos órgãos de atendimento à
mulher.
De acordo com a secretária Laurinda Pinto é necessário atuar junto à
sociedade organizada da Região Tocantina, assim como mobilizar os demais
órgãos públicos no sentido de promover e difundir maior segurança para
as mulheres.
“Precisamos, para isso, que o enfrentamento da violência contra a
mulher seja tratado como prioridade. O planejamento da Secretaria de
Estado da Mulher passa por rediscutir, em todas as instâncias do estado,
o Pacto Nacional de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher,
integrando a essa ação todos os órgãos estaduais”, disse a secretária
Laurinda Pinto.
Na ocasião, o promotor Joaquim Júnior relatou a falta de estrutura da
Delegacia da Mulher em Imperatriz, que não oferece as condições
previstas na norma técnica de padronização da Lei Maria da Penha. Também
foi colocada a necessidade da criação de Centros de Ressocialização do
Agressor, que têm a função de preparar o acusado para o convívio social
após o cumprimento da pena.
A reunião contou com a participação da secretária adjunta de Estado
da Mulher, Susan Lucena, e das assessoras Marinildes Cantanhede Rocha e
Maria Helena Veiga Vieira.
Estatística
Os índices de violência contra a mulher em Imperatriz são os mais altos do Maranhão. Em 2014, foram registrados mais de mil boletins de ocorrência relativos ao problema no município e 15 homicídios de mulheres sem o registro de prisões relativas aos crimes.
“Nossa ideia é levar ações concretas e estruturais aos municípios.
Atuaremos em várias frentes, inclusive vislumbrando a captação de
recursos federais e estaduais para garantir os investimentos necessários
e assegurar um melhor combate ao problema”, assegurou a secretária
Laurinda Pinto.
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