Visitar cada cidade maranhense é
sempre uma experiência de renovação. Afinal, são 217 realidades com traços
distintos e com seus desafios a serem superados. Justamente buscando a melhor
interpretação acerca dessas realidades, visando a transformá-las, neste fim de
semana o movimento Diálogos pelo Maranhão deu início às suas atividades em
2014, depois de termos visitado 60 cidades em 2013. Começamos pela bela e
histórica cidade de Codó, de tanta tradição cultural e econômica, e uma das
maiores do nosso Estado, com mais de 120 mil habitantes.
É com ânimo renovado que dou
início a este novo ciclo de debates, tecendo soluções para reverter a
contradição fundamental do Maranhão: temos um estado com tantas riquezas e
condições naturais extremamente favoráveis, mas que não consegue dar passos
mais largos na qualidade de vida dos maranhenses, em decorrência de um modelo
político que sufoca o desenvolvimento do estado, privilegiando uma pequena
elite de amigos do poder.
Em 2013, muitos relatos ouvidos
Maranhão afora, oriundos de diferentes classes sociais, apontaram os caminhos
que devemos trilhar a partir deste ano. Trago como exemplo o caso de um jovem
de Presidente Dutra que estava prestes a concluir o Ensino Médio. Dizia ele
que, apesar de ter muito empenho para estudar e alcançar um diploma
universitário, havia grande possibilidade de que seu desejo não fosse
alcançado. Em meio a centenas de pessoas, Henrique fez um belo discurso sobre a
vontade de crescer, mesmo com poucas oportunidades. Absurdos que o Maranhão bem
conhece e precisa enfrentar para que sejam superados.
A boa política se faz com boas
práticas. Acredito na troca de experiências e na força das ideias, agregando o
conhecimento produzido desde os meios acadêmicos até aqueles emergentes da
vivência. Esse é o ponto de partida para um programa de governo compartilhado e
que abranja múltiplas perspectivas para o desenvolvimento do Maranhão.
Além das experiências colhidas em
diálogos com milhares de maranhenses, trago comigo a bagagem humanista
acumulada ao longo dos 30 anos que atuo na vida pública de nosso estado e do
Brasil. Desde o movimento estudantil e a luta do movimento Diretas Já; na
advocacia para sindicatos; na magistratura, buscando a solução mais justa para
os conflitos da sociedade; posteriormente no Congresso Nacional como
representante do Maranhão; e, mais recentemente, administrando o Instituto
Brasileiro de Turismo, no Governo Federal, coordenando um setor responsável
pela geração de 900 mil empregos (o turismo internacional).
Nos próximos dias, deixarei a
presidência da Embratur e me dedicarei exclusivamente à causa de construir um
Maranhão mais justo para todos. Essa tarefa, por ser tão grandiosa, é uma
construção solidária e participativa. Foi este o sentido principal que imprimi
nas ações implementadas ao longo da minha vida e pretendo intensificá-las para
contribuir ainda mais em busca de dias melhores para o Maranhão.
Chega de tristeza, de mesmice, de
tragédias, de notícias ruins sobre o Maranhão expostas ao Brasil e ao mundo.
Vamos virar essa página.
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