Os profundos desentendimentos no grupo Sarney tem uma causa fundamental: o
péssimo desempenho nas pesquisas da dupla Roseana Sarney-Luís Fernando.
Luís Fernando nunca conseguiu fazer sequer o lançamento de sua
candidatura. Já foram marcados três eventos e nenhum se realizou. O
primeiro, em Coroatá, foi cancelado porque Luís Fernando não quis virar
afilhado do enrolado Ricardo Murad. Os outros eventos foram cancelados
porque a "cúpula nacional do PMDB" não quis tirar fotos com Roseana, em
meio à crise de Pedrinhas.
O isolamento de
Luís Fernando só piorou depois do piti destemperado que Roseana deu no
deputado Rui Falcão, respeitado presidente nacional do PT. Tirando uns
poucos petistas sem voto, aninhados em boquinhas no governo do Estado,
ninguém defende a candidatura de Luís Fernando. E crescem os rumores de
que Márcio Jardim, da direção nacional do PT e amigo pessoal de Lula,
será candidato a governador, numa articulação feita em Brasília para
evitar o pior para a oligarquia: o apoio do PT ao candidato do PCdoB,
Flávio Dino.
A última
esperança do grupo Sarney vai se esvaindo com a imensa queda de Roseana
Sarney nas pesquisas para o Senado, depois da crise em Pedrinhas, do
brutal assassinato de Ana Clara e da desastrada compra de lagostas e
champanhes. Até hoje repercute em todo o Maranhão a governadora Roseana
proferindo a sandice de que a violência está crescendo porque o Maranhão
está cada vez mais rico.
Como Roseana
Sarney tem hoje uma imensa rejeição, fracassou a estratégia de colocá-la
para decolar o "avião da VASP" Luís Fernando, que é pesado e não sai do
chão. Hoje Roseana não "puxa" ninguém, faz é empurrar ladeira abaixo,
como disse o deputado Sarney Filho em profético discurso na Câmara dos
Deputados.
Daí resulta que
Luís Fernando hoje anda sozinho no interior, usando helicópteros pagos
com dinheiro público para assinar folhas de papel em que ninguém
acredita mais. Afinal, o povo também viu os papéis da Refinaria da
Petrobrás serem assinados em 2010, para tudo se transformar num imenso
buraco sem sentido.
Assim, os
estrategistas do Palácio dos Leões resolveram partir para um golpe:
forçar, na base do dinheiro e da coação, a eleição de Luís Fernando a
governador indireto, biônico, sem voto popular. Mas esse é outro
capítulo da história do fim de um império.
Gilberto Lima
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