“Vale a pena investir na educação pública”. Foi essa a resposta da
dona Ângela Sousa, quando perguntada sobre o seu sentimento pela
aprovação do filho, Willian Ryan, para o curso de Enfermagem da UEMA. A
universidade divulgou, na última sexta-feira (17), o resultado do
Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior (PAES 2020). Dos 4.776
candidatos aprovados no vestibular, 75,23% são egressos de escolas
públicas.
O Willian é morador de Caxias e sempre estudou na rede pública de
ensino; o que, para dona Ângela, torna a aprovação no vestibular ainda
mais recompensadora. “Estou imensamente feliz. O ensino público melhorou
bastante nos últimos anos, e o meu filho tem o mérito por ser
estudioso”, comemorou a radialista.
Quem também está entre os milhares de estudantes que viram o sonho de
entrar numa universidade se concretizar é a Emanuelle Martins, de 18
anos de idade. “O fato de ser de escola pública me fez pensar que seria
mais difícil ser aprovada, mas isso só me motivou a estudar com mais
garra ainda”, comentou a futura médica veterinária.
Aluna egressa do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia
do Maranhão (IEMA), Emanuelle destaca a importância que a escola teve
para a sua aprovação. “Lá nós tivemos disciplinas como projeto de vida e
estudo orientado, ambas sempre nos norteando para a situação na qual
nos encontraríamos hoje; a minha, especificamente, de aprovada na UEMA”,
vibrou a estudante.
A trajetória escolar da Emanuelle é bem parecida com a do Ricardo
Araújo, aprovado para o curso de Pedagogia. Ele foi aluno do Centro
Integrado Rio Anil (Cintra) e cursou o ensino médio no IEMA. Assim como a
colega, Ricardo não mediu esforços para alcançar o seu objetivo, e
encontrou um auxílio extra nas aulas de reforço para vestibulandos
oferecidas pelo Governo do Estado. “A participação em alguns projetos do
Governo, como o ‘Terceirão não tira férias’ e os ‘Aulões +Ideb’, foi
fundamental para que eu obtivesse êxito”, ressaltou o futuro pedagogo.
“A ficha ainda não caiu” para a Nahenna Siesná, de 17 anos, aprovada
para o curso de Medicina (campus Imperatriz). Ela conta que o apoio da
família fez toda a diferença, e faz questão de expressar o orgulho de
ter sido aprovada para uma universidade pública, em um dos cursos mais
concorridos. “Sempre foi um sonho, por isso me preparei desde cedo, mas
nunca esperei conseguir logo de primeira”, disse Nahenna.
Para o reitor da UEMA, Gustavo Costa, “a quantidade de egressos de
escola pública classificados demonstra a vocação da universidade em
entender a necessidade de formação educacional em todos os níveis e para
todos, indistintamente”.
O reitor ressalta que nos últimos cinco anos, a UEMA aumentou em 36% a
oferta de vagas em cursos de graduação, de forma presencial ou a
distância, e que “a instituição está e permanecerá comprometida com a
formação dos maranhenses”.
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