Nome do PCdoB para a disputa da
Presidência da República em 2022, o governador do Maranhão, Flávio Dino,
dará início a uma série de viagens por estados do Brasil com o objetivo
de lançar o Movimento 65, marca do PCdoB que tem por objetivo atrair
apoio de pessoas e lideranças do chamado centro político.
O lançamento do “nome fantasia” – que
aposta no verde e amarelo como cores predominantes, em detrimento do
vermelho, cor oficial do PCdoB – está previsto para a próxima semana e,
de acordo com fontes do partido, trata-se da primeira ação da legenda
com o objetivo de buscar a formação da tão falada “frente ampla” para
derrotar Jair Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais.
Enquanto se busca a composição com
partidos de centro, o PCdoB tenta não perder sua interação com o PT,
depois de ter sido aliado nos quatro governos petistas e de ter sido o
mais fiel apoiador quando a ex-presidente Dilma Rousseff enfrentou o
processo de impeachment que tirou seu mandato. As rusgas com o PT têm
ocorrido, embora haja tanto de Flávio Dino quanto de Lula um esforço
para manter o diálogo. As divergências, no entanto, têm sido encaradas
por integrantes do PCdoB como um desencontro de objetivos.
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A ordem no PCdoB para os diálogos é
“todos contra Bolsonaro”. Quem está contra o atual governo terá
condições de participar do Movimento 65 e lançar sua candidatura pelo
partido. Dino e Lula mantêm encontros na tentativa de formar uma frente
ampla de partidos e lideranças empresariais contra o grupo hoje no
poder.
Em dezembro de 2019, o Metrópoles
informou a decisão do partido de adotar a nova marca em 2020, encobrindo
as palavras “partido” e “comunista” de sua sigla e enfatizando o número
do partido. Em recente entrevista, Flávio Dino, por sua vez, apontou a
polêmica que se formou em torno do nome da legenda como “um passo que
pode ser dado”. “O PCdoB de hoje já não é o do ano passado. Hoje, já não
é o mesmo de 20 anos atrás, o que mostra que a mudança é uma lei da
vida. Este processo está em andamento e acho que é um caminho necessário
de reorganização da esquerda brasileira”, disse em entrevista ao
Estadão.
A ideia inicial era mudar o nome do
partido, suprimindo os dois termos. No entanto, essa discussão, que
chegou a ser defendida internamente por alguns dos integrantes da cúpula
do PCdoB, entre eles Orlando Silva e a vice-presidente da legenda, Jô
Moares, não encontrou eco na base do partido. A adoção do “nome
fantasia” representa um recuo na intenção de alguns membros da sigla de
se livrar das palavras para formar um movimento mais amplo contra
Bolsonaro, informa Luciana Lima no Metrópoles.
Gleisi diz que PT pode apoiar Flávio Dino presidente
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, diz
que Flávio Dino poderá ser cabeça de chapa nas eleições de 2022. É o que
o informa o Valor, que a entrevistou.
A deputada afirmou que o PT trabalha com
a reedição da candidatura presidencial do ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad, mas vê o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
como uma alternativa.
Segundo ela, Dino pode ser chamado a
compor como vice a chapa liderada pelo ex-prefeito de São Paulo, mas
pode também conquistar o apoio petista como cabeça de chapa.
John Cutrim
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