O
domingo (7) foi de sonhos e premonições para o sargento Sá. Ele pressentia
que algo estava para lhe acontecer. A família teria revelado a amigos
que, desde a manhã, ele estava receoso, temendo sair do apartamento.
À
tarde, aproveitou para dormir um pouco. Ao acordar, falara que sonhara
que estava sendo atacado por alguns elementos. Á noite, quando decidiu
sair para comprar um churrasquinho nas proximidades do condomínio, a
filha teria implorado para que ele não saísse.
Na volta para o
apartamento, sofreu o ataque, da forma como sonhara. Esse foi o relato
feito por um amigo do sargento Sá, que mora no mesmo condomínio.
O
sargento Sá era destemido e fazia questão de mostrar isso abertamente.
Mas tinha consciência do risco que corria na atividade policial,
principalmente nessa guerra aberta contra as facções organizadas.
Recentemente,
em um velório de mais um PM, o sargento disse que iria morrer fazendo o
que sabia fazer de melhor que era ser policial. Em sua página no
Facebook, depois de uma semana do assassinato do policial ‘Dos Santos’,
no Porto de Mocajituba, escreveu: “Uma semana vai fazer sem nosso PM Dos
Santos. Hoje ajudo a carregar meus companheiros. Amanhã eles me
carregarão também”.
Por ser destemido e corajoso, temido por
muitos bandidos, o sargento virou alvo de facções que atuam em várias
regiões de São Luís. Sabia que estava na mira da bandidagem. Aos amigos,
dizia que vinha sofrendo ameaças constantes.
Por Gilberto Lima
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