Indicado para comandar a Secretaria de
Segurança Pública do Maranhão durante o governo de Flávio Dino, o
delegado Jefferson Portela posicionou-se na manhã desta terça (16) sobre
a polêmica acerca do curso de treinamento para coronéis da Polícia
Militar do Maranhão a partir de 2015.
Trata-se
de um edital publicado no site da PM no fim do governo Roseana Sarney
que pretende que, a partir de 2015, metade dos coronéis da PM se afastem
por 2 anos de suas atividades para fazer um curso de treinamento fora
do Maranhão.
“No momento em que o
sistema está em crise, nós não podemos prescindir de 50% do comando
policial”, disse Jefferson Portela – e completou: “Nós precisamos é de
mais policiais no comando, no planejamento, na execução das operações de
segurança”.
O caso foi tratado na
tribuna da Assembleia Legislativa pelo deputado Marcelo Tavares – que
afirmou ser preciso ter bom senso para a realização dos cursos de
aprimoramento, visto que metade do contingente policial não pode deixar o
Estado ao mesmo tempo.
Os índices de
insegurança no Maranhão aumentaram nos últimos anos. Segundo o
Observatório da Violência, o número de homicídios aumentou 400% nos
últimos 12 anos, ou seja, é cinco vezes maior que em 1992.
Segundo
as informações da Equipe de Transição do atual governo, dos 24 coronéis
do Maranhão, 12 estão inscritos no curso de férias que deve durar até 2
anos. O próximo secretário da pasta antecipou ainda que nesta terça o
Coronel Alves (futuro comandante da Polícia Militar) solicitou conversa
com o atual comando (Coronel Zanoni) para tratar formalmente sobre o
caso.
“O Maranhão vive a pior crise de
Segurança da sua história e precisamos de colaboração para trazer paz
para o nosso estado. Na área de Segurança Pública, cada homem afastado
faz falta,” afirmou Portela.
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