Integrar o Maranhão ao desenvolvimento social e econômico do Brasil e do Nordeste. Este foi o principal objetivo do governador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), ao falar com os governadores dos outros 8 estados do Nordeste. Representando o Maranhão, Dino defendeu que
a região não sofra cortes orçamentários por parte do Governo do Estado e
que funcione como a “locomotiva da retomada do crescimento econômico do
Brasil”.
Para
Flávio Dino, os próximos quatro anos devem ser de união de esforços
entre os estados do Nordeste para que os cortes de gastos não atinjam a
região, que vem crescendo a partir da diminuição das desigualdades
sociais, mas precisa dar passos mais largos por uma política industrial
integrada.
Assegurar
a continuidade da distribuição de renda para mobilidade social
ascendente e o fornecimento de serviços públicos de qualidade sem
aumento de tributos para a população foram pautas defendidas por Flávio
Dino no fórum de governadores, que se reuniram na capital da Paraíba
(João Pessoa) para discutir pautas que garantam o desenvolvimento dos
estados nordestinos nos próximos 4 anos.
“O Nordeste avançou nos últimos anos na redução das desigualdades sociais e precisamos continuar nessa direção. Temos agora mais um desafio ousado, que é avançar em políticas industriais para diminuir as desigualdades regionais, colocando os estados nordestinos na dianteira do crescimento do país,” disse.
A
superação das desigualdades regionais, como pauta prioritária para o
diálogo com os demais entes federativos, deve ser pautada pela garantia
de que estados que historicamente ficaram à margem dos investimentos
nacionais sejam reposicionados como vetor prioritário de
desenvolvimento. O aumento da contribuição do Nordeste no crescimento do
país nos últimos anos demonstra que a região deve estar, cada vez mais, na liderança do desenvolvimento nacional.
Os
pleitos estaduais foram registrados em carta subscrita pelos nove
governadores eleitos para comandar os estados nordestinos de 2015 a
2018.
Foram definidos como principais temas para o Nordeste a garantia de recursos para
o custeio dos serviços de Saúde (sobretudo para atendimento de média e
alta complexidade) e a construção de uma política nacional de Segurança
Pública – com a modernização das Forças de Segurança e combate às drogas
e às armas.
Recepcionados pelo governador reeleito do Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), também estiveram presentes os governadores Paulo
Câmara (PSB-PE), Wellington Dias (PT-PI), Camilo Santana (PT-CE),
Robinson Faria (PSD-RN), Renan Filho (PMDB-AL), Jackson Barreto
(PMDB-SE) e Rui Costa (PT-BA).
Os
governadores eleitos avaliaram positivamente a reunião, sobretudo para a
integração de forças políticas para apresentar pleitos junto ao Governo
Federal e dialogar com as bancadas estaduais na Câmara dos Deputados e
no Senado Federal para garantir os investimentos necessários para a
região.
Pauta de desenvolvimento para o Brasil
A
refundação do Fórum de Governadores do Nordeste foi uma das definições
da reunião. A ideia é unir esforços para que a região cresça e seja
protagonista na formulação de uma agenda positiva para o país. A partir
do planejamento integrado de desenvolvimento do Nordeste, os
governadores se comprometeram a trabalhar pela redução das desigualdades
sociais e regionais.
A
partir de 11 pontos prioritários para o desenvolvimento do Nordeste, os
futuros gestores estaduais se articulam para garantir que temas como a
distribuição dos royalties provenientes das riquezas minerais atendam à
Saúde e à Educação, de acordo com lei aprovada em 2013 e teve forte
apoio popular em todo o Brasil.
Outros
pontos para o desenvolvimento da região destacados na carta foram o
investimento em infraestrutura e logística, modificação da tributação do
comércio eletrônico interestadual, universalização da educação
integral, defesa da Reforma Política e combate à corrupção.
“No
Maranhão, temos uma grande expectativa quanto a essa articulação
institucional importante para o desenvolvimento regional. A discussão da
política nacional deve sair
dessa agenda depressiva de polícia e corte de gastos. A agenda real do
país é a do crescimento, com a defesa firme das políticas sociais como
vetor de desenvolvimento,” defendeu Flávio Dino na apresentação da
carta.
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