Prefeitos
e prefeitas de todas as regiões do Maranhão estão apreensivos. O
Governo Federal, até a presente data, não cumpriu acordo, firmado no
último dia 11 em Brasília, no qual se comprometeu em depositar nas
contas dos municípios, até o fim deste mês de julho, R$ 168 milhões
referentes a antecipação da compensação do Fundeb.
Com
o não cumprimento do acordo, gestores municipais estão preocupados,
principalmente no que diz respeito a não conseguir honrar a folha de
pagamento do setor da educação.
A
diretoria da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, por sua
vez, também está extremamente preocupada e lamenta o fato de, mais uma
vez, as cidades estarem sendo penalizadas por uma quebra de palavra por
parte da União.
Em
abril, a diretoria da Famem e integrantes da bancada maranhense em
Brasília reuniram-se com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio
Imbassahy, que assumiu o compromisso, em nome do presidente Michel
Temer, de parcelar o ajuste anual do Fundeb em até 12 vezes.
Com
a medida, à época, e também por força de liminares expedidas em favor
dos estados do Ceará e da Paraíba, evitou-se que os municípios
maranhenses perdessem, de uma vez só, R$ 177 milhões. O governo do
estado também foi beneficiado e não perdeu R$ 47 milhões.
Porém,
no dia 06 deste mês, a entidade municipalista; bancada maranhense; e
gestores foram pegos de surpresa com a edição de uma portaria (nº
823/17), por parte da União, autorizando o desconto, o que acabou
ocorrendo.
De
forma rápida, o presidente da Famem, prefeito Cleomar Tema (Tuntum);
deputados federais e senadores conseguiram reunir-se, na semana
seguinte, com o próprio presidente Michel Temer. Também participaram do
encontro os ministros José Mendonça Bezerra Filho (Educação) e Henrique
Meirelles (Fazenda); além do presidente do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, Sílvio Pinheiro.
Michel
Temer e seus auxiliares, durante a reunião, garantiram a antecipação
aos municípios de R$ 168 milhões, resultante da complementação do
Fundeb, por parte do Governo Federal, de todo o segundo semestre deste
ano.
O
acordo foi a forma encontrada para amenizar os problemas financeiros
das prefeituras ocasionados pelo sequestro dos valores determinado pela
portaria governamental.
No
entanto, até o momento, o acordo não foi cumprido. Procurados pela
Famem por diversas vezes, o FNDE e a Secretaria Nacional do Tesouro
Nacional limitaram-se a informar que a antecipação não poderia ser
feita, uma vez que a medida, caso fosse realmente adotada, teria que
beneficiar todos os estados e municípios da região Nordeste, o que
causaria um impacto negativo nos cofres da União de mais de R$ 740
milhões. Com a palavra o senhor presidente Michel Temer.
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