O senador Roberto Rocha (PSB), que votou
contra os trabalhadores ao ajudar a aprovar a reforma trabalhista de Temer,
apenas confirmou o que o Maranhão inteiro já sabia: ele não gosta de
trabalhadores. Como empresário da comunicação, o aliado de Temer ‘massacra’ os
funcionários da Rádio Capital AM, em São Luís. Eles estão sem receber salários
há 11 meses. Só não passam fome porque contam com a ajuda de familiares ou têm
outra atividade.
Os únicos com vínculo empregatício são
os operadores de áudio, administrativos e serviços gerais. Os locutores e
repórteres não têm carteira assinada. Trabalham como arrendatários de horários
ou em parceria com a emissora. Ou seja, pagam para trabalhar na emissora do
senador. Mesmo com uma folha de pagamento considerada baixa, a rádio não
consegue honrar os compromissos com os trabalhadores.
Informações dão conta que encargos sociais não estariam sendo pagos. Além disso, funcionários têm vários períodos
de férias vencidas e acumuladas, sem receber o valor correspondente. Em caso de
fiscalização do Ministério do Trabalho, a emissora pode pegar multa pesada.
Mesmo com todo esse atraso, funcionários
têm medo de fazer denúncia na Delegacia Regional do Trabalho, pois temem
represálias por parte do senador. Acham que, pelo fato de ser aliado do governo
Temer, teria condições de barrar qualquer fiscalização na emissora ou, em
ocorrendo, a emissora não seria punida.
Outros revelam que só não pedem demissão
para não perder direitos trabalhistas. E seguem sofrendo, calados, sendo
‘mortos na unha’ pelo senador.
Mesmo temendo represálias por parte do
senador, já tem funcionário constituindo advogado para ingressar com ação na
justiça do trabalho.
Segundo informações passadas ao blog, um advogado já
pedira a documentação que comprova o vínculo com a emissora. Ele vai fazer um
levantamento de toda a situação, pois existem informações de que a emissora
também não está fazendo depósitos do FGTS e valores descontados para a
Previdência não estariam sendo pagos, o que pode comprometer na contagem de
tempo de contribuição. As férias não seriam pagas há algum tempo. Todo esse
levantamento vai servir para embasar a ação trabalhista contra a emissora.
“O jeito é confiar e esperar que a
justiça saia em nosso socorro. Não temos a quem recorrer porque ninguém da
rádio quer conversar. Nem dão satisfação”, desabafa um dos funcionários que
prefere não se identificar temendo algum tipo de perseguição.
Até quando, senador Roberto Rocha, os
seus funcionários vão continuar sendo tratados como escravos?
Essa situação de descaso apenas mostra
que Roberto Rocha está preocupado apenas em defender seus interesses, enquanto
deixa os funcionários da emissora à míngua.
Do Gilberto Lima
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