Eduardo Cunha vai entregar ao Ministério Público os bastidores das relações espúrias que manteve com seus ex-colegas parlamentares
(Cristiano Mariz/VEJA) |
Por
Daniel Pereira, Thiago Bronzatto, Robson Bonin e Rodrigo Rangel
Veja
No acordo que negocia com a Lava-Jato, o ex-deputado Eduardo Cunha
promete contar histórias desabonadoras que envolvem pelo menos meia
centena de parlamentares – a maioria, destinatária de propinas de
esquemas montados em estatais e fundos de pensão. Entre os relatos, há
também casos de deputados que o procuraram às vésperas de sua cassação,
em setembro de 2016, para oferecer o voto em troca de pagamento – um
deles pediu 1 milhão de reais para ajudar a livrá-lo no Conselho de Ética.
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Tão logo entregue os capítulos da proposta de delação premiada,
o que é esperado para esta semana entre os auxiliares de Janot, o
ex-deputado será cobrado a apresentar provas do que diz. A negociação,
diz um auxiliar do procurador, será dura: “Ele vai ter que apresentar
provas. Não basta só falar”. Entre os investigadores, é consenso que
Cunha terá de ficar mais um tempo atrás das grades, a exemplo do
empreiteiro Marcelo Odebrecht. As chances de ele receber um perdão
judicial, como ocorreu com os donos da JBS, são próximas de zero.
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