Estudantes de São Luís estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira
(21) em São Luís para apresentar “A Escola que queremos” aos candidatos a
governador Flávio Dino e vice Carlos Brandão. O documento descreve a
visão dos alunos do ensino médio da rede pública no Maranhão, as
dificuldades atuais e os anseios com uma nova gestão estadual.
Jaine
Santos, presidente do Grêmio Estudantil do IFMA do Centro Histórico e
representante da UBES no Maranhão, fez um relato das escolas do Estado.
Ela defende um novo modelo que respeite os estudantes para atrair a
juventude e incentivar a permanência em sala de aula.
“As
escolas não atraem os estudantes. Não é à toa que o Maranhão tem um dos
maiores índices de evasão escolar. A educação dada hoje é a mesma de 50
anos atrás e a cabeça do jovem, do estudante, mudou ao longo do tempo. A
gente espera que o Flávio ouça os estudantes, que nos apoie, faça
nossas reivindicações virarem realidade e que ele seja presente na nossa
luta da escola que queremos”, avaliou Jaine, acrescentando que o modelo
atual não representa o desejo dos jovens.
Luta por todas as escolas
Para
Nelio Lobato, presidente do Grêmio do Cintra, a maior dificuldade é
organizar a escola politicamente e ter uma representação do movimento
estudantil, para pedir por melhorias nas escolas. “Eu não luto apenas
pela minha escola, luto por todas as escolas e, mesmo com todas as
perseguições, vou continuar lutando. A gente só pode cobrar se estiver
organizado. Então, o que espero é eleição democrática para diretor e
poder livre para organização dos grêmios estudantis”, relatou o jovem de
19 anos.
Emocionado
com o discurso do filho, Paulo José Azevedo disse que tem orgulho de
acompanhar a luta de Nélio. “Ele está lutando pelas ideias em que ele
acredita, pelo Maranhão, por escolas melhores”, destacou.
Ele
disse também que o modelo educacional do Estado precisa ser
revitalizado. “Por isso estamos com Flávio Dino, porque ele é a
esperança para ter uma nova escola. Sem escola de qualidade, a juventude
não tem oportunidade, vai para as drogas, com uma educação de
qualidade, a realidade vai ser outra”, afirmou.
A escola que queremos
No
início da programação, os estudantes exibiram um vídeo com o “Dossiê da
Educação Maranhão”, mostrando a realidade das escolas maranhenses.
Falta de infraestrutura, ausência de professores e atividades que não
envolvem os alunos fazem parte do diagnóstico.
A
carta com a descrição da “Escola que queremos”, entregue aos
candidatos, apontou as principais expectativas dos alunos. Entre elas,
formação continuada aos professores e funcionários da rede de ensino,
criação de escolas em tempo integral, melhoria das salas de aula,
banheiros, construção de quadras poliesportivas, laboratórios de
ciências e informáticas e uma gestão democrática.
De
Flávio Dino, os alunos ouviram o compromisso de dar oportunidade para a
juventude ter acesso a uma educação pública e de qualidade. Ele
reiterou a importância do momento político para a mudança da história do
Maranhão. Identificado com o ambiente escolar, por ser professor há 20
anos e também por ter histórico da militância estudantil, Flávio afirmou
que dará a importância devida para a educação.
“Precisamos
mudar a política para mudar a escola. Um Maranhão diferente, justo e
honesto é possível. Esse é o caminho que a gente precisa. Com a força da
juventude, o Maranhão será de todos nós”, disse. Lembrando que o
primeiro cargo que disputou na vida foi o de presidente de grêmio,
destacou que sempre esteve ao lado das lutas sociais. “Por isso, sei a
importância da democracia nas escolas. Vocês serão ouvidos.” Flávio Dino
defendeu também a implantação dos espaços de convivência nas escolas,
espaços esportivos e culturais.
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