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Outra inversão da realidade foi se consolidar
um pensamento de que tudo que um adversário realiza não serve ao governo da
ocasião. Por conta desse raciocínio primitivo, nenhum governo dá seguimento ao
trabalho do outro e quando utiliza, uma maquiagem é feita para parecer ser
dele, ou muda de nome.
Não precisa de genialidade para
afirmar que as boas iniciativas não só deveriam ser mantidas pelos sucessores
como copiadas pelos demais. E claro que existem algumas que nunca deveriam ser
praticadas.
Alguns exemplos que deveriam ser
seguidos por todos. A criação do cartão magnético – Bilhete Único - para
passageiros pela ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Agilizou a entrada nos
ônibus e evitou muitas mortes de cobradores, condutores e até de passageiros em
assaltos, já que o dinheiro praticamente sumiu das gavetas dos coletivos. Quem
copiou, acertou; quem ainda não o fez, já há muito deveria ter aderido.
As tão criticadas bolsas de auxílio
gerou uma grita só. Depois que perceberam o acerto, como em todas as
iniciativas, todos passaram a reivindicar a paternidade da criança. Uns dizem
que começou em Campinas, outros, em Goiás. O certo é que colou como chiclete e
nenhum governo consegue mais retirar. É preciso apenas criar algumas
contrapartidas, pois esse é seu principal equívoco.
Não sei se Paulo Maluf já pode sair
do Brasil sem o risco de ser preso. Mas criou o cinto de segurança,
inicialmente considerada uma verdadeira aberração, “típica de Maluf”. Alguns
erros de gestão não merecem nenhuma compensação, mas se existisse, por essa
iniciativa e pelas vidas salvas, Maluf teria uma “dívida” bem menor junto à
sociedade brasileira.
José Serra peitou os laboratórios
farmacêuticos e instituiu os remédios genéricos. Em São Paulo, proibiu fumar em
lugares fechados e de grande circulação de pedestres. E até o polêmico
ex-presidente Fernando Collor instituiu de vez no Brasil o seguro-desemprego.
Pela linha inversa, os aluguéis de
imóveis e de automóveis deveriam ser evitados por todos. Entretanto,
tornaram-se a principal farra e meio de cooptação de eleitores, especialmente
nas prefeituras de cidades pequenas.
E muitos contratos de preservação,
cuja manutenção se torna mais cara do que o próprio objeto, bem como de
empresas para servirem cafezinho em gabinetes jamais deveriam existir nem ser
copiados. Quem pesquisar constatará que os gastos de órgãos federais com
garçons dariam para equipar um, ou mais, hospital por mês.
Diferente do contexto dito por um
ministro, não basta mostrar o que é bom, é preciso copiar sem maquiagem, culpa
ou mudança de nome.
Pedro Cardoso da
Costa – Interlagos/SP
Bacharel em direito
"NÃO
HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"
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