As Forças Armadas aprovaram pregões para a compra de 35.320 comprimidos de um medicamento usado, normalmente, para tratamento de disfunção erétil, conhecido como Viagra. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência e no painel de preços do governo federal e foram compilados pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO).
O parlamentar solicitou ao Ministério da Defesa explicação sobre os pregões. “No início do mês tivemos um reajuste alto no preço dos remédios, os hospitais sofrem com a falta de medicamentos e Bolsonaro e sua turma usam dinheiro público para comprar o ‘azulzinho’. É um tapa na cara dos brasileiros”, disse pelo Twitter.
De acordo com o levantamento, foram oito processos de compra aprovados desde 2020 por unidades de compra da Marinha, Aeronáutica e Exército. O medicamento aparece com o nome Sildenafila, nas dosagens de 25 mg e 50 mg, nomenclatura genérica para o Viagra.
A maior parte dos comprimidos, 28.320 comprimidos, são destinados a Marinha. Outros cinco 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil, para Aeronáutica.
O remédio também é usado no tratamento da hipertensão arterial pulmonar.
Na semana passada, um outro levantamento feito pelo deputado Elias Vaz mostrou que as Forças Armadas consumiram, no período entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, na gestão do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apenas em filé mignon, 557,8 mil quilos, para atender aos comandos da Marinha, da Aeronáutica e do Exército. Diário98
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