22 abril, 2022

Revoltados com Bolsonaro, delegados da PF se sentem traídos e articulam greve

A ADPF aprovou um indicativo de paralisação das atividades juntamente com as associações que representam a categoria

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(Foto: Ag. Brasil)

247 - Os delegados da Polícia Federal anunciaram nesta quinta-feira (21) a aprovação de uma série de medidas em reação ao que chamam de ‘clara omissão’ do governo Jair Bolsonaro com relação à reestruturação de carreiras da corporação.  A reportagem é do jornal Estado de S.Paulo.

Entre ações previstas pela classe estão a recomendação para que delegados não realizem viagens em missão sem o pagamento prévio de diárias e o envio de um ofício ao Diretor-Geral Márcio Nunes de Oliveira para que, em 30 dias, ele estabeleça critérios para compensação ou remuneração do sobreaviso da classe.

Junto da Federação Nacional dos Policiais Federais e de demais entidades que representam os integrantes da PF, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal participará das manifestações da classe marcadas para o próximo dia 28, em todo País. 

Os delegados falam em carreatas e manifestações em frente às unidades dos órgãos. Além disso, a ADPF aprovou um indicativo de paralisação das atividades juntamente com as associações que representam a categoria, o qual será ratificado em uma assembleia geral extraordinária prevista para o dia 2 de maio. Os delegados citam ainda uma ‘cobrança pública e direta’ do ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, a partir de tal data, caso não seja assinada a Medida Provisória da reestruturação da PF até lá.

De acordo com a reportagem, os delegados ainda querem marcar reuniões com presidenciáveis para ‘expor a necessidade de um verdadeiro compromisso com a valorização dos policiais da união que não ocorreu nos últimos anos’.

Entre as pautas que a classe deseja levar aos candidatos estão: a necessidade de mandato para Diretor-Geral da Polícia Federal, com lista tríplice; sobreaviso remunerado; aumento dos valores das diárias; plano de saúde; estruturação de apoio psicológico; e a tão falada reestruturação das carreiras policiais federais.

“Caso o presidente da República, Jair Bolsonaro, descumpra o compromisso público assumido por ele diversas vezes, os policiais da União não se manterão inertes diante do uso da valorização da segurança pública e da excelente imagem da Polícia Federal como ferramenta publicitária e de marketing político”, afirmou a ADPF em nota.

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