07 abril, 2020

Mandetta fica e diz que Ministério da Saúde procura ser a voz da ciência

O ministro reforçou que o momento é distanciamento social e que não tem a "pretensão de ser a voz da verdade"


Após um dia tenso com o presidente Jair Bolsonaro, com quem vem acumulando divergências públicas, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou nesta segunda-feira, 6, que vai ficar na chefia da pasta para “enfrentar o nosso inimigo, que tem nome e sobrenome”: coronavírus.

Em seu pronunciamento, feito após reunião com Bolsonaro e outros ministros, Mandetta afirmou que o Ministério da Saúde “procura ser a voz da ciência para enfrentar a covid-19”. Segundo ele, o trabalho dos funcionários da pasta é técnico e que ele é apenas “um porta-voz”.

Mandetta reforçou que o “momento é de isolamento social” e salientou que o que a população passou nas últimas duas semanas não é quarentena e não é lockdown. “Quarentena e lockdown é muito mais duro que isso”.

O ministro pediu, ainda, que a a população não perca o foco: “é ciência, disciplina, planejamento e foco”.
Mandetta começou sua fala afirmando que não é dono da verdade, que também tem dúvidas sobre o coronavírus e que não tem problema com críticas construtivas:

“O que nós temos muita dificuldade é quando, em determinadas situações, ou determinadas impressões, as criticas não vem no sentido de construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho. Isso eu não preciso traduzir, vocês todos sabem, mas tem sido uma constante”.

Ele também reconheceu que o dia foi turbulento, de “nervos à flor da pele” e prestou solidariedade aos funcionários do Ministério da Saúde que, segundo ele, até “limparam as gavetas”, o que fez com que o “dia fosse de pouco trabalho” e “emocionalmente muito duro para todos”.

O ministro completou que os secretários-nacionais do Ministério da Saúde, presentes com ele no pronunciamento, estão juntos “e iriam sair juntos”.

Da Exame

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