Somente este ano foi contabilizada a morte de três detentos. Ao longo de 2013 foram 60 mortes registradas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Outro preso foi encontrado morto nas
dependências de Pedrinhas na manhã de hoje (21). A confirmação partiu da
Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) que já
divulgou o registro de três mortes em Pedrinhas somente este ano.
O detento encontrado morto foi Jô de
Souza Nojosa. Os indícios apontam que a morte foi por enforcamento, mas
somente após a análise do Instituto Médico Legal (IML) será confirmada a
causa da morte.
A crise carcerária protagonizada por
Pedrinhas já provocou a visita do juiz auxiliar da presidência do CNJ,
Douglas Martins, por diversas vezes. Na última visita ao Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, ele apresentou como principais causas para
crise carcerária no estado a superlotação e a omissão da administração
estadual.
No documento assinado pelo juiz Douglas
Martins e enviado ao presidente do CNJ e ao presidente do Supremo,
Joaquim Barbosa, o diagnóstico da realidade de Pedrinhas inclui a
incapacidade do governo do estado em “apurar, com o rigor necessário,
todos os desvios por abuso de autoridade, tortura, outras formas de
violência e corrupção praticadas por agentes públicos”.
O relatório aponta que no ano passado 60
presos foram encontrados mortos, número que consagra a Pedrinhas o
título de penitenciária do país com maior número de mortes em números
proporcionais e absolutos.
Após uma vistoria feita em outubro
passado, Douglas de Melo, se pronunciou sobre o cenário do sistema
prisional do estado. “A situação do sistema carcerário do Brasil exige
atenção. Mas aqui, no Maranhão, o cenário é especialmente grave. Este é o
estado em que morrem mais presos em números proporcionais e absolutos.
Sem falar das recorrentes tentativas de fugas que diz de uma fragilidade
de todo o sistema”, atestou o juiz auxiliar do CJN.
Maranhão da Gente
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