Depois do ex-vereador Diogo Gomes, assassinado semana passada, ontem foi a vez de "Neto Cavanhaque".
![]() |
Ex-vereador Diogo Freitas |
A
cidade de Dom Pedro, localizada na região central do Maranhão, berço
dos meus pais onde ainda tenho alguns parentes e muitos amigos, está
envolta em assassinatos misteriosos, o que vem causando medo na
população sem que haja por parte do governo do Maranhão através da
secretaria de Segurança Pública, nenhuma resposta para tudo isso.
Na semana passada mataram o ex-vereador Diogo Gomes de Freitas,
54 anos. Ele foi assassinado na manhã do último dia 12, por dois homens
que estavam em uma moto. Depois de efetuarem três tiros um dos
assassinos sacou de uma faca e decepou a orelha da vítima, dando
conotação de que foi um crime de encomenda, já que os matadores teriam
que levar uma prova de que Diogo foi realmente morto.
No ano passado, o irmão de Diogo, conhecido como Leudo, foi assassinado por pistoleiros na cidade vizinha de Presidente Dutra. Sendo que antes, em outubro de 2012, outro morador de Dom Pedro, o ex-prefeito de São José dos Basílios, José Francisco Ferreira Sousa, o "Chico Riograndense", foi assassinado.
Quando se pensava que tudo estava calmo, no domingo,14/07, por volta das 15:hs horas, foi assassinado Antônio Joaquim Monteiro da Silva, 39 anos, conhecido “Netão”, "Neto Cavanhaque" ou "Neto da Serra da Boa Vista" - município de Dom Pedro. Ele foi morto a tiros no povoado Cruz do vizinho município de Gonçalves Dias. A morte de Cavanhaque assim como as demais, com características de crime de encomenda, também é um mistério. A polícia Civil não consegue concluir as investigações.
Bastante conhecido, Neto era ex-motorista do atual prefeito de Dom Pedro, Hernando Macedo e fazia parte do submundo do crime - provavelmente estava solto sob algum artifício jurídico, depois de de ter sido preso em maio de 2011, acusado de ser membro de uma quadrilha de assaltantes de banco com uso de explosivos que estava foragido. Ele é acusado de explodir vários caixas eletrônicos da agência bancárias no Maranhão, sendo que o mais recente foi em Zé Doca, no dia 16 de janeiro de 2011, em companhia de mais cincos comparsas que logo em seguida também foram presos.
Essas mortes aconteceram, sem falar nas mortes de pessoas comuns, assaltos, arrombamento, estupros e outros crimes que acontecem na cidade, onde a população já nem recorre mais à polícia. Na cidade, um delegado, poucos agentes e três policiais militares são incapazes de dar segurança para a população. Não sei se já mudou mas era assim até pouco tempo: nos finais de semana, mesmo que alguém quisesse procurar não encontrava nenhuma autoridade na cidade, pois o Prefeito, o Juiz da Comarca, o Promotor de Justiça e o Delegado moravam - ou moram? - em São Luís.
O
que se ouve por parte da população sobre esses últimos crimes, é todo
tipo de boato e especulação. Vingança? Acerto de contas? ou queima de
arquivo? Alguns até festejam aos sussurros dizendo: "desse nós estamos
livres", ou: "quem com ferro fere com ferro será ferido".
Pode até ser, mas não podemos aceitar tudo isso como normal. É preciso uma ação do estado para intervir, parar essa matança, restaurar a segurança, investigar, prender matadores ou mandantes e finalmente dar uma explicação para a sociedade, sobre tudo isso. É preciso exigir da Governadora, do prefeito - sabemos que não é da competência dele, mas ele é a autoridade máxima do município pode exigir - uma ação imediata.
Pode até ser, mas não podemos aceitar tudo isso como normal. É preciso uma ação do estado para intervir, parar essa matança, restaurar a segurança, investigar, prender matadores ou mandantes e finalmente dar uma explicação para a sociedade, sobre tudo isso. É preciso exigir da Governadora, do prefeito - sabemos que não é da competência dele, mas ele é a autoridade máxima do município pode exigir - uma ação imediata.
Isso
não é de hoje, claro, se formos puxar a história da cidade de Dom
Pedro ela
sempre foi marcada pela violência e insegurança, quase como uma questão
cultural da região ou mesmo do Maranhão, o chamado "carrancismo"
de pessoas que não conseguem ao longo do tempo e das mudanças, mesmo
depois de várias gerações, sair desse ciclo
maldito da violência. Sabemos também que a violência não é privilégio
de Dom Pedro, pois em todo o Maranhão vivenciamos isso, mas nos últimos
tempos, a cidade com cerca de 25 mil habitantes vem sofrendo
com o dilema da violência sem que aparentemente nada seja feito pelas
autoridades.
Até quando? Com a palavra a governadora Roseana Sarney e o secretário Aluísio Mendes.
Por: Josué Moura
Nenhum comentário:
Postar um comentário