O diabólico plano do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o
Plano Bolsonaro, está pronto, segundo o ministro da Economia, Paulo
Guedes: primeiro o governo vai acabar com a aposentadoria do pobre,
depois o prenderá enquadrando-o como criminoso — se reclamar da má
sorte.
Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o Botafogo na
lista de propina da Odebrecht, querem votar primeiro a reforma da
previdência, qual seja, o fim da aposentadoria; somente depois o ‘pacote
anticrime’ — para encarcerar os mais pobres — elaborado pelo ministro
Sérgio Moro.
A lógica é bastante perversa, caro leitor, mas não é nenhuma novidade
para criminologia — a ciência que estuda a criminalidade e suas causas
sob o ponto de vista do controle social do ato do criminoso.
O sociólogo francês Loïc Wacquant, bastante conhecido na academia, há
muito escreveu sobre a ‘prisão e a miséria’ como elementos essenciais
para o trunfo do neoliberalismo, ou seja, o fim do Estado Social traz
consigo três consequências imediatas: 1- desregulamentação da
economia; 2- diminuição de programas sociais estatais; e
3-desenvolvimento do cárcere e dos programas de “Lei e Ordem”.
Portanto, antes dar cacete e porrada nos mais pobres, o Plano
Bolsonaro, segundo a dupla Guedes e Maia, vai desregular ainda mais a
economia começando com o fim da aposentadoria.
O novo modelo defendido pelo governo é do tipo “moça bonita não paga,
mas também não leva”. Traduzindo: uma tremenda enganação que virá
rotulada como “título de capitalização”.
Por Esmael Morais
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