Foto: Ivan Silva |
Novidades
nas eleições de 2016
Por Flávio Dino
As eleições municipais deste ano
terão sabor nunca experimentado. Em nível nacional, porque pela primeira vez
vão se realizar sem o peso desigual do financiamento privado abusivo. Aqui no
Maranhão porque, também de forma inédita, o Palácio dos Leões não participará
da disputa. Eu estarei nas ruas como militante das boas ideias, mas não a
máquina de governo. Essa seguirá servindo a todos os maranhenses – e não aos
interesses de um só grupo político, como vimos ao longo dos últimos 50 anos.
Sem a distorção que representa o
abuso do financiamento privado das eleições, teremos condições mais equânimes
de disputa em todo o país. E o eleitor vai olhar com mais atenção o que
realmente interessa: a história e as propostas de cada candidato, que serão
difundidas predominantemente pela TV, Rádio e Internet.
Aqui no Maranhão, a novidade
será que os Leões que guardam o Palácio não mais rugirão em favor da campanha
deste ou daquele candidato. Eles não mais perseguirão aos que se colocam contra
este ou aquele grupo político. Este é um governo de espírito democrático,
republicano, que não faz nem fará operações com dinheiro público para financiar
qualquer candidato que seja, como foi regra por 50 anos em nosso estado.
Isso porque tenho clareza de que
fui eleito governador não porque o povo maranhense queria apenas mudar de
políticos, mas sim porque queria mudar a forma de fazer política em nosso
estado. Buscava a mudança definitiva para uma Era de Direitos, como falei em
meu discurso de posse: uma época de igualdade perante as leis. Um período em
que a política é uma competição livre e aberta, em que ninguém é perseguido por
divergência política. Uma Era de Direitos, em substituição à Era dos favores e
da utilização da maquina pública como instrumento de cooptação.
Portanto, durante o período
eleitoral, o Governo de Todos Nós continuará operando sob a mesma bandeira. Ou
seja, sendo de todos os maranhenses que contribuem com a sociedade pagando seus
impostos. Com esse tipo de atitude, contribuímos para que se extirpem os vícios
plantados em nosso estado por 50 anos de patrimonialismo, resultando nos
terríveis indicadores sociais contra os quais hoje lutamos.
Pessoalmente, durante as noites
e nos finais de semana, continuarei atuando como militante no debate em favor
de boas propostas que coloquem os municípios na mesma linha de objetivos
sociais que defendemos para o Estado. Mas no dia a dia, como governador,
continuarei administrando sem jamais olhar a cor partidária de ninguém.
Espero que o período que se inicia
seja de bom debate para a sociedade. Que possamos debater de forma qualificada
o futuro da Pólis, o espaço público das cidades, que é missão inalienável da
Política. Essa Política tão desacreditada nos dias atuais, mas que é uma
atividade essencial da espécie humana. Somos gregários, precisamos dos outros,
produzimos riquezas e cultura sempre coletivamente. Dividimos imperativamente o
nosso destino com as pessoas do nosso núcleo mais próximo de convivência, mas
também com milhares e milhões que sequer conhecemos. E somente a Política pode
organizar essa fantástica caminhada compartilhada. Logo, vamos a mais um
processo eleitoral com atenção, fé e esperança.
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