As
pessoas que foram submetidas a situações tão precárias por descaso do Estado,
não podem esperar pelo efeito “automático” de soluções gerais. Por isso, nosso
foco nelas por meio de ações emergenciais.
É
preciso investir para reduzir os impactos da crise, principalmente
entre os que mais sofrem com ela, que são os cidadãos tradicionalmente
invisíveis. A política pública mais eficiente é investir nas pessoas.
Fazendo
justiça social
Por Flávio Dino
Sou dos que acreditam que o
exercício da boa política tem uma prioridade máxima: a construção de uma
sociedade melhor. Para que a alcancemos, devemos enfrentar especialmente as
absurdas desigualdades provocadas por décadas de desgoverno em nosso Maranhão.
Por isso, criei, em meu primeiro dia de governo, o Plano Mais IDH, um conjunto
de programas que está mudando a vida de quem mora nas 30 cidades mais pobres do
nosso estado.
Com ações estratégicas de saúde,
educação, abastecimento d’água, produção e renda, vamos diminuir desigualdades
sociais nessas cidades que têm os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano
(IDH) do estado e do país. As pessoas que foram submetidas a situações tão
precárias por descaso do Estado, não podem esperar pelo efeito “automático” de
soluções gerais. Por isso, nosso foco nelas por meio de ações emergenciais.
É o caso da Força Estadual de
Saúde, composta por 120 profissionais de saúde. Sem atendimento digno há
décadas, a população desses municípios não pode esperar e precisa de um
atendimento emergencial, que alcance o mais importante quando se fala de saúde:
a prevenção. O princípio é o mesmo usado para criação da Força Nacional de
Segurança, que atua em situações críticas pontuais. Os profissionais de saúde
da Força já realizaram mais de 115 mil atendimentos nos 30 municípios do Mais
IDH.
Outro ponto importante a ser
trabalhado é a educação. Para mudar essa situação, criamos o Programa Escola
Digna, que está construindo escolas de alvenaria substituindo as inadequadas
escolas de taipa, pois sem boas condições infraestruturais não é possível que
os alunos possam aprender com qualidade.
Em paralelo, criamos a Jornada
de Mobilização pela Alfabetização que concentra ações voltadas para a população
a partir de 15 anos de idade. Estamos aplicando o Plano Brasil Alfabetizado, em
71 cidades, em parceria com o Governo Federal. E com o Programa “Sim, Eu
Posso”, há 702 alfabetizadores atuando em 8 dos 30 municípios mais pobres,
ensinando 14 mil pessoas a ler e escrever. Não posso descrever a emoção que senti
em São Raimundo do Doca Bezerra, na semana passada, ao receber uma carta
escrita por um grupo de idosos, pedindo a continuidade do programa de
alfabetização, para que eles possam aprender mais.
Para garantir uma melhor
alimentação, também estamos investindo cerca de R$ 22 milhões na construção de
30 cozinhas comunitárias que, quando prontas, terão capacidade de fornecer 15
mil refeições diárias, a partir de ingredientes produzidos por pequenos
agricultores, o que ajudará a ativar a economia local. Já o Programa
"Minha Casa, Meu Maranhão" visa a garantia de moradia digna à
população. Estamos com obras em 15 municípios, mirando sobretudo a zona rural.
Por fim, menciono que 26 dessas
30 cidades nunca contaram com sistema de abastecimento de água tratada. Para
superar esse drama, o Programa Água para Todos está investindo R$ 75 milhões
nesses municípios. E poderia falar de muito mais ações, como os Sisteminhas da
Agricultura Familiar, os cursos de formação que estamos começando, entre outras
iniciativas que têm a marca maior do nosso governo: lutar por direitos para
todos, com coragem e dedicação.
Nesses momentos de crise que o
Brasil e o mundo vivem, há governantes que defendem que é hora de o Estado
poupar. Eu defendo que é justamente nesses momentos que é preciso investir para
reduzir os impactos da crise, principalmente entre os que mais sofrem com ela,
que são os cidadãos tradicionalmente invisíveis. A política pública mais
eficiente é investir nas pessoas. Isso está fazendo a diferença nesse nosso
imenso esforço patriótico para virar a página da injustiça no Maranhão,
recuperando o tempo perdido.
GLima
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