Reunião entre o pré-candidato a governo e trabalhadores é marcada pelo
debate sobre prioridades para o desenvolvimento do Maranhão.
“Eu enxergo esse movimento como um grande
compromisso que nós assumimos para ver a mudança do Maranhão. A transformação
só acontecerá se escutarmos o povo bem escutadinho. Só assim essa realidade vai
mudar.” Essas palavras foram ditas pelo líder camponês Manoel da Conceição –
maranhense símbolo da luta pela reforma agrária e contra a ditadura militar no
Brasil.
A primeira agenda do movimento Diálogos pelo
Maranhão na região Tocantina neste fim de semana deu lugar ao debate com
trabalhadores, sindicalistas e líderes camponeses do sul do estado. A homenagem
prestada por Manoel da Conceição – líder camponês que fez história na luta
contra a ditadura militar nas décadas de 1960 a 1980 – foi o destaque da manhã
de sábado.
Na reunião realizada entre Flávio Dino (PCdoB),
pré-candidato a governador do Estado, trabalhadores, sindicatos e movimentos
sociais da região Tocantina renovou o debate acerca da promoção de um estado
com maior Justiça Social para todos.
Com dezenas de lideranças presentes, a reunião
foi marcada pelo contato direto de Flávio Dino com os representantes de vários
segmentos da sociedade da região Tocantina. Professores, trabalhadores rurais,
agentes de saúde, líderes religiosos, presidentes de associações de bairros e
de comunidades carentes se somaram ao evento para relatar os problemas que
afligem a região.
André Dias, professor e presidente do
sindicato de classes na região, afirmou que a maior preocupação dos docentes é
com o descaso do atual governo com a educação e mostrou preocupação com o corte
de mais de R$ 23 milhões no orçamento destinado à Educação estadual.
O evento contou ainda com a participação dos deputados federais
Simplício Araújo (SDD), Domingos Dutra (SDD) e Weverton Rocha (PDT), estaduais
Marcelo Tavares (PSB) e Raimundo Cutrim (PCdoB).
Prioridade para investimentos sociais e de desenvolvimento regional.
Nas conversas com os trabalhadores, Flávio Dino ouviu as preocupações
relacionadas à falta de investimento em áreas importantes como a Educação e o
Saneamento Básico. O destaque ao sucateamento da Companhia de Água e Esgoto que
recentemente deu origem a uma crise de abastecimento na cidade foi pauta
central.
Flávio Dino afirmou que a origem de todo esse problema é um governo que não
prioriza as pessoas, preocupado apenas com poder e eleição. Como exemplo, Dino
citou a proposta de orçamento enviada pelo Governo do Estado para ser votada na
Assembleia Legislativa até dezembro. Educação e Caema tiveram cortes de R$ 23
milhões e R$ 178 milhões, respectivamente.
“Apesar de haver uma ampliação de
recursos disponíveis, existe uma redução de investimento em áreas prioritárias.
A nossa luta não é para alterar o rótulo, mas para alterar o conteúdo da
política maranhense e da qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos
maranhenses”, concluiu.
FOTO-LEGENDA:
Flávio Dino ao lado de Manoel da Conceição - líder das lutas sociais
pela Democracia e Reforma Agrária durante Ditadura Militar
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