O deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) criticou, na sessão desta
segunda-feira (25), o trabalho da Fundação Nacional do Índio (Funai), no
sentido de ampliar áreas indígenas, no sertão maranhense. Segundo ele, a
Funai iniciou um processo de demarcação de áreas, que praticamente vão
eliminar a área física do município de Fernando Falcão.
“Talvez fosse melhor que transformassem aquele município em cidade
indígena, já que 60% do município já é área indígena. E aqui não estou
acusando os nossos irmãos silvícolas, porque eles não estão pedindo,
quem está pedindo isso é meia dúzia de antropólogos irresponsáveis
pagos, subsidiados, alimentados por Ongs internacionais, e com a
complacência de uma entidade leniente, incompetente, que não gerencia
como deveria ser o problema indígena nacional”, enfatizou Milhomem.
Ele lamentou que áreas dos municípios de Barra do Corda, Grajaú e
Formosa da Serra Negra correm o risco de ser consideradas áreas
indígenas, para desespero de famílias que tradicionalmente trabalham e
moram nesta região.
“Peço que estas famílias tenham paciência e calma, porque elas vão
ser escorraçados, se nós não lograrmos êxito na justiça, porque o
processo encontra-se já em Brasília. Isto é lamentável, temos bradado,
pedido aos nossos senadores, aos nossos deputados federais, já estivemos
no Ministério da Justiça, mas eu não sei se os portugueses fizeram bem
em vir para o Brasil, porque hoje não se fala mais em português, hoje o
que se fala muito aqui é só em quilombolas e em índios. Quer dizer que
os outros direitos não devem ser respeitados?”, questionou Milhomem na
tribuna.
Agência Assembleia
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