19 julho, 2012

Arma utilizada para matar jornalista será enviada ao DF

Por: Ismael Araújo, Do Imparcail
Peritos do Icrim mostram croqui com os passos de Jhonatan Sousa no dia do assassinato de Décio Sá (GILSON TEIXEIRA/OIMP/D.A.PRESS)
Peritos do Icrim mostram croqui com os passos de Jhonatan Sousa no dia do assassinato de Décio Sá. 
Vasta documentação, com mais de 50 páginas de texto, fotografias, croquis, mapas e também imagens de vídeo, relativos aos laudos da pistola .40 Taurus e da reconstituição do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, foi entregue pelo Instituto de Criminalística (Icrim) à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) na manhã de ontem. Até o momento, apenas a origem dessa arma que ainda não ficou definida e, provavelmente, ela será encaminhada para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, ainda esta semana.

O diretor do Icrim, Carlos Henrique Roxo, falou que todo o material apreendido no dia do crime, 23 de abril de 2012, e pós-crime foi analisado de forma criteriosa e minuciosa em diversas vezes. Esse material compõe mais de 200 imagens de vídeos, fotografias e também depoimentos tanto de testemunhas e como de acusados e somente a equipe de peritos foram ao local do crime mais de 20 vezes. No laudo foram reproduzidas todas as cenas do fato, pois, segundo ele, esse documento é considerado uma prova técnica que vai acompanhar o depoimento do assassino confesso, no caso, Jhonatan de Sousa Silva.

Roxo ainda frisou que a reconstituição feita no dia 3 de julho com a participação de Jhonatan Silva foi fundamental para esclarecer um dos pontos do andamento do crime e um desses foi que a arma fosse encontrada. Ela estava enterrada na duna da Praia de São Marcos a 20 ou 30 centímetros de profundidade e apresentado oxidação, ou seja, ferrugem.

Como ainda, neste primeiro momento, foi constatado pelos peritos do Icrim, que pistola tinha sido pintada e raspada no local onde há numeração. “A polícia não acreditava que a arma estava no fundo da Baia de São Marcos, pois, o homicida não tinha como fugir do local sem camisa e com uma arma na cintura”, diz Roxo.

Também relatou que a origem da arma não foi identificada pelo fato da numeração da arma ter sido raspada de forma profunda. No Icrim, ela foi submetida há diversos exames, inclusive, da revelação latente. De acordo com Roxo, um exame feito de forma manual com o uso de ácidos, mas, com um resultado de 100% de garantia. “A numeração foi raspada, inclusive, o segredo da arma, pois, isso permite a conclusão que essa arma era preparada para cometer ações criminosas e por pessoas com um grande conhecimento em armamentos”, ressalta.

Exames de precisão
O superintendente da Polícia Técnica do Icrim, Cássio Freitas, falou que os peritos do instituto estão analisando a pistola desde o dia em que ele foi encontrada, no dia 5 de julho. No primeiro momento, ela foi submetida pelo exame de comparação balística e por meio desse trabalho ficou confirmado que a pistola . 40 foi usada para executar o jornalista Décio Sá.

Cássio Freitas disse que nesse tipo de procedimento, os peritos trabalharam com os projeteis retirados do corpo da vítima com os que foram disparados pela arma encontrada na duna da Praia de São Marcos. Logo em seguida, esse material é analisado no microprocessador balístico para verificar a igualdade das rachuras. “Todos os projéteis em estudo tiveram as rachuras iguais e isso acabou provando de fato que a arma encontrada na Duna foi utilizada pelo homicida Jhonatan Silva”.

Depois dessa confirmação, ainda segundo Cássio Freitas, a arma foi submetida ao exame de revelação latente. Esse procedimento é feito de foram manual em que passam por cima vários tipos de ácidos para revelar algo que está, no primeiro instante, invisível a olho nu. Mas pelo fato, da numeração ter sido raspada de forma profunda não foi possível constatar a origem da arma.

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