04 julho, 2012

Acompanhe como foi a reconstituição da morte do jornalista Décio Sá



A primeira etapa da reconstituição do Caso Décio Sá foi concluída na frente do jornal O Estado do Maranhão, onde o jornalista trabalhava. O quarto e último passo da primeira etapa refez o momento em que o assassino Jhonatan Silva seguiu o carro de Décio, quando este saiu do trabalho, até o desfecho trágico no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea. Antes disso, o assassino ainda teria perdido o carro do jornalista de vista e, somente após procurar bastante, teria localizado o mesmo no local do crime.

Os passos da reconstituição

A reconstituição do caso Décio Sá começou na tarde desta terça-feira (3). A primeira etapa teve início por volta das 16h, com a presença de uma equipe policial e de Jhonatan Silva, principal suspeito de ter disparado os tiros que executaram o jornalista e blogueiro.

A equipe responsável pela reconstituição conta com seis peritos e 70 policiais.                                                              


                 

A etapa inciada na tarde desta terça-feira, teve quatro passos. O primeiro foi na sede do jornal O Estado do Maranhão, localizada na Avenida na Ana Jansen, no bairro do São Francisco, local de trabalho de Décio Sá, e onde ele esteve pela última vez antes de ir ao bar na Avenida Litorânea, onde foi executado. A área em torno do jornal foi interditada e esvaziada para que todo o processo acontecesse sem interferências.

Na sede do jornal O Estado do Maranhão, Jhonatan teria chegado às 16h e perguntado a um flanelinha sobre Décio Sá. Quando o jornalista chegou ao trabalho, por volta das 17h, o flanelinha confirmou para o pistoleiro que aquele era Décio. Este teria apenas dito que ele não era a pessoa por quem ele estava procurando e teria ido embora de moto.

O segundo passo da reconstituição do crime, teve como espaço o bairro da Ponta d'Areia, onde o assassino teria seguido, após sair do jornal O Estado do Maranhão. Lá, ele tomou uma água de coco e seguiu caminho.


Da Ponta d'Areia, a equipe seguiu para a casa de Júnior Bolinha, no Araçagi, onde foi realizado o terceiro passo da reconstituição. Júnior Bolinha é apontado como mandante da morte de Décio Sá.  Na residência de Bolinha, Jhonatan teria aguardado até às 22h, horário que Décio sairia do trabalho.

Da casa de Júnior Bolinha, a reconstituição voltou para a sede do jornal O Estado do Maranhão, onde, por volta das 22h, Décio Sá teria saído do trabalho e seguido para a Ponta d'Areia e depois Avenida Litorânea. Lá, Jhonatan Silva teria disparado seis tiros, dos quais cinco atingiram o jornalista.

Do jornal, a equipe seguiu pela Ponta d'Areia até a Avenida Litorânea, onde aconteceu a segunda etapa da reconstituição, com a execução de Décio e a fuga de Jhonatan Silva.

A execução do jornalista

Segundo Jhonathan Silva, o jornalista Décio Sá saiu do Jornal O Estado do Maranhão por volta de 21h, fez o retorno do São Francisco e seguiu em direção a Avenida Litorânea. Durante o caminho, Jhonatan e o seu comparsa que pilotava a moto, identificado apenas como Diego ficam lado a lado com a vítima. Mas, ao perceber a aproximação de uma viatura da Polícia Militar que vinha da Lagoa da Jansen, desistiu  de executar o jornalista naquele local.

Sem desconfiar que estava sendo seguido, Décio Sá prossegue o trajeto e estaciona no Bar Estrela do Mar. O assassino desceu da moto, deixou o capacate com o comparsa, entrou no bar e foi ao banheiro, apenas para confirmar que realmente era o Décio Sá que estava sentado à mesa.

Ao voltar do banheiro, Jhonatan executou o jornalista. Após os desparos, o assassino retornou para a moto. Na fuga, eles cruzaram com uma viatura que fazia ronda no local, Jhonathan desceu do veículo e Diego seguiu em frente. Desesperadamente, o assassino subiu as dunas correndo, deixando os chinelos, a camisa e o capacete para trás. Ao chegar na curva do 90, ele pegou um táxi e fugiu para Miritiua.

De acordo com a polícia, o trabalho de reconstitução deverá demorar uma semana para ser concluído.
 

Por: Gildean Farias

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