A
Embrapa Cocais está coordenando um projeto de pesquisa que visa avaliar
o uso do resíduo da agroindústria de açaí como fonte de matéria
orgânica para o solo. O objetivo da iniciativa, realizada em parceria
com Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, Agência Estadual de
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão - Agerp, Embrapa
Agrobiologia e Embrapa Amapá, melhorar os atributos físicos e químicos
do solo em sistema de cultivo orgânico da cultura do milho verde,
especialmente na agricultura familiar, garantindo agregação de valor ao
produto.
O estudo financiado pela FAPEMA atende ao desafio de
inovação - reduzir a carência de tecnologias para manejo e conservação
de solos em áreas com sistemas de produção de base ecológica -
estabelecido no Portfólio de projetos da Embrapa com a denominação
"Sistemas de Produção de Base Ecológica da Embrapa". E se justifica no
fato de que, de 2006 e 2017, a produção de frutos de açaí no Maranhão
passou de 9.441 toneladas para 18.330 toneladas, um aumento de 94,15%
(IBGE, 2018). Na extração da polpa de açaí, os caroços correspondem a
73% da biomassa dos frutos. Em São Luís, capital do estado, atualmente
são gerados cerca de 90 toneladas de resíduos de caroços na safra e 50
toneladas na entressafra pelas onze agroindústrias de frutos de açaí.
Segundo Carlos
Freitas, pesquisador da Embrapa Cocais e coordenador do projeto, a
ideia surgiu da constatação do aumento da demanda por alimentos
saudáveis, mais sofisticados com qualidade nutricional, livre de
contaminação e agrotóxicos, orgânicos, e também da importância em
contribuir com a destinação útil e ecológica dos resíduos da crescente
agroindústria do açaí. “O consumo de milho verde deixou de ser restrito
às festividades juninas e tornou-se um hábito de consumo da população
ludovisense, cada vez mais interessada em alimentos saudáveis. Os
resíduos de agroindústrias de açaí da região metropolitana de São Luís
serão transportados para um pátio de compostagem e, após processamento
serão aplicados como fonte de matéria orgânica (carbono) e
condicionadores de solo da cultura de milho verde”, explica Freitas.
Além
do aproveitamento dos resíduos da agroindústria de açaí, a pesquisa
pretende ajustar o manejo cultural do sistema orgânico de produção de
milho verde, incluindo as práticas de adubação orgânica, adubação verde e
inoculação de sementes. O estudo será conduzido no campo agrícola da
Escola Casa Familiar Rural, do povoado Quebra Pote, localizada no
município de São Luís-MA.
Para
ler a matéria na íntegra, acesse aqui.
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