Mobilizar a população para assegurar uma reforma política que
acabe com o financiamento empresarial de campanhas eleitorais, que garanta
paridade de gênero nas chapas e democratize o processo eleitoral com a ampliação
da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais
importantes. Estes foram alguns dos temas debatidos na segunda-feira (23),
em reunião da Coalizão pela Reforma Política Democrática, na sede da OAB-MA, em
São Luís.
A Coalizão, composta por entidades como a CNBB, OAB, UNE, UBES,
CTB, Contag, CUT, entre outras, definiu estratégia de ação com a finalidade de conscientizar
e mobilizar a população em torno da proposta de reforma política que avance a democracia
no país, se contrapondo à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 352/13, que
tem a intenção de constitucionalizar o financiamento empresarial de campanha,
enquanto que a imensa maioria da sociedade combate a influência do poder
econômico nas eleições.
Durante a reunião na sede da OAB, entidades estudantis, advogados,
magistrados, trabalhadores, partidos políticos e religiosos defenderam a necessidade
de ampla e massiva mobilização para colher assinaturas ao Projeto de Iniciativa
Popular apresentado ao Congresso Nacional em 2013 e que objetiva impedir a
corrupção.
O PCdoB, que desde o início compõe a Coalizão, entende que
somente com a participação popular será possível uma reforma política
progressista. “O financiamento empresarial de campanha está destruindo a política
assim como o crack destrói as famílias”, disse Egberto Magno, vice-presidente
do PCdoB e que representou o partido na reunião.
Uma agenda de mobilizações nas igrejas, Universidades,
escolas e praças públicas visando levantar as assinaturas em apoio ao projeto
democrático de reforma política está sendo elaborada a partir de coordenações
definidas no encontro. A ideia é multiplicar as ações pelo interior do estado.
Os ativistas pretendem, ainda, pautar o assunto com os 18 deputados federais e
os 3 senadores do Maranhão, a fim de que eles assumam o compromisso de apoiarem
o PL que democratiza o processo eleitoral no país.
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