
O
desenvolvimento de indústria e comércio no estado do Maranhão foi
discutido com empresários e lojistas da região tocantina. Em reunião
ocorrida no primeiro final de semana do Movimento Diálogos pelo
Maranhão, representantes do segundo e terceiro setores da economia
maranhense pediram mais atenção à infraestrutura e ao desenvolvimento
comercial de Açailândia.
Pertencente a uma das regiões com maior potencial produtivo do estado,
Açailândia sofre com a falta de infraestrutura local. Com mais de 100
mil habitantes, o município sofre com a precariedade das rodovias locais
e a falta de universidades públicas que atendam a população local.
Reivindicações como esta foram feitas diretamente pelos empresários
locais a representantes do Movimento Diálogos pelo Maranhão.
Unida aos fatores estruturais, outra preocupação dos empresários de
Açailândia é a falta de investimento em desenvolvimento regional. Foi o
que relatou, durante a reunião o presidente da Associação Comercial e
Industrial de Açailândia, Gildásio Silva de Alcântara:
“Hoje a parte de indústrias é prejudicada por falta de infraestrutura.
Falta parque industrial, ter umas estradas melhores, estrada duplicada.
Até mesmo alguns incentivos como ISS, ICMS e ter a sustentabilidade para
no futuro criarmos grandes empresas no estado,” disse.
Para Flávio Dino (PCdoB), que ouviu as reivindicações dos comerciários,
os fatores educação, infraestrutura e investimento nos potenciais de
cada região são necessários para o desenvolvimento descentralizado do
estado. A proposta defendida por Flávio é de desenvolvimento industrial
democrático, consolidando e interiorizando o desenvolvimento do
Maranhão.
A ideia central do desenvolvimento industrial nos moldes democráticos é
regionalizar a produção de acordo com a potencialidade de cada local e a
formação de cadeias produtivas integradas, de forma que a mesma
matéria-prima possa ser utilizada para diversas finalidades.
“A produção verticalizada no Maranhão se faz urgente. O Maranhão tem
diversos potenciais que, produzidos de forma organizada, podem ser
melhor aproveitados,” disse. Para ilustrar, Flávio Dino deu o exemplo da
utilização da produção agropecuária no Maranhão. “A maior parte da
produção na agropecuária só se reverte em produtos alimentícios. Por que
não termos uma indústria sintonizada para uso do couro, por exemplo?”,
finalizou.
Blog Marrapá
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