
Obrigada
pela Justiça a entrevistar Flávio Dino, a Rádio Mirante FM, de
propriedade da família Sarney, teve que engolir a seco as interpretações
do governador sobre “fake news”. Dino ainda meteu o dedo na ferida ao
relembrar o famoso Caso Reis Pacheco, mentira inventada pelo senador
José Sarney para atingir o ex-governador Epitácio Cafeteira na reta
final da campanha eleitoral de 1994.
Cafeteira estava disparado para vencer Roseana Sarney naquela eleição
quando Sarney apareceu no Jornal da Manhã, da TV Mirante para afirmar
que os maranhenses não poderiam votar num sequestrador, assassino e
ocultador de cadáver. Conforme a mentira contada por Sarney, Cafeteira
teria sequestrado, assinado e ocultado o cadáver de Raimundo dos Reis
Pacheco, um funcionário da Vale que havia se envolvidos num acidente de
trânsito no qual faleceu o vereador Hilton Rodrigues, sogro de
Cafeteira.
Acontece que o suposto defunto estava vivinho trabalhando no interior
do Pará e até gravou para o horário eleitoral da coligação de
Cafeteira. A Justiça concedeu o direito de resposta no último programa,
mas a Cemar, comandada pelos aliados da oligarquia, se encarregaram de
promover um apagão no interior do Maranhão e o somente a população de
São Luís tomou conhecimento da primeira fake news da história política
do Maranhão.
Ao ser perguntado sobre como as fake news poderiam atrapalhar sua
campanha à reeleição, Dino surpreendeu os ouvintes ao relembrar o
tenebroso Caso Reis Pacheco.
“Fake news é uma coisa bastante antiga em eleições no Maranhão. Eu
lembro do saudoso senador Epitácio Cafeteira que foi vítima de uma
notícia conhecida como Caso Reis Pacheco. Ele era oposição na época e
acusaram ele de ser envolvido até em assassinato”, disparou o
governador.
A fala foi “um tiro no pé” do oligarca José Sarney, apontado como mentor da farsa.
Do Jorge Vieira
Nenhum comentário:
Postar um comentário